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Agência Fitch Ratings melhora a classificação de risco do Brasil

A agência Fitch Ratings divulgou nesta segunda-feira (4) a nova nota das classificações de risco de crédito (ratings) de Probabilidade de Inadimplência do Emissor (IDR, em inglês) do Brasil em moeda estrangeira de BBB- para BBB. Isso significa uma elevação da nota brasileira e torna o país mais atrativo aos investimentos estrangeiros. Agora, o Brasil encontra-se no segundo nível da classificação de grau de investimento da Fitch.
A elevação reflete a avaliação feita pela agência de que a taxa de crescimento sustentável potencial da economia brasileira aumentou para entre 4% e 5%, sustentando a perspectiva fiscal de médio prazo e o contínuo fortalecimento de sua posição de liquidez externa, o que aumenta a capacidade de absorção de choques pelo País.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a notícia é boa, mas ele próprio tem suas ressalvas. Segundo Mantega, o resultado abre as portas para a entrada de cada vez mais dólares na economia, o que pode causar instabilidade.
“É melhor ter esse problema de excesso de dólares do que o problema que tínhamos no passado de falta de dólares”, disse. O ministro não descartou novas medidas para conter o excesso de dólares destinados pelos investidores estrangeiros ao Brasil, devido à solidez econômica do país e às taxas de juros.
“Esse upgrade [elevação de nível] da Fitch para o Risco Brasil, de BBB- para BBB, é o reconhecimento de que a economia brasileira está mais sólida, não apresenta riscos e está sendo bem avaliada, inclusive pelas empresas de rating”, afirmou.
Quanto mais elevado é o grau de investimento de um país, mais confiável ele se torna no cenário internacional e mais seguro ele é considerado para o investidor estrangeiro. Para Mantega, quanto mais sólida a economia brasileira, mais o país tende a atrair investimentos externos e, consequentemente, mais ele cresce.

Por Época