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Kassab não manteve palavra, diz criador do dia do hétero em SP

O vereador paulistano Carlos Apolinário (DEM), autor do projeto de lei do Dia do Orgulho Heterossexual, divulgou nota oficial neste domingo lamentando o veto do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Em entrevista publicada hoje no jornal "Agora São Paulo", do Grupo Folha, o prefeito disse que a medida é "despropositada".
Segundo Apolinário, membro da igreja Assembleia de Deus, "o prefeito me havia dado a palavra de que não sancionaria nem vetaria o projeto, deixando para a Câmara promulgar".
Ele credita a decisão à "pressão dos gays" e afirma que vai continuar lutando "democraticamente, combatendo os excessos e privilégios dados aos gays".
Após a aprovação do projeto, o vereador teve seu site pessoal invadido por ativistas que deixaram críticas às suas posições.
De acordo com Apolinário, faz parte de seu trabalho alertar "a sociedade contra esta grande mentira, que vem sendo dita pelos gays e repetida pela mídia e por formadores de opinião, dizendo que os gays são discriminados e perseguidos, quando, na verdade, querem nos calar, implantando uma verdadeira ditadura gay, pois eles se consideram intocáveis".

POLÊMICA
 
Na primeira manifestação sobre o tema, dois dias após a aprovação do projeto, Kassab disse que o projeto não incentivaria a homofobia. "É um projeto como outro qualquer", afirmou o prefeito na ocasião. Em menos de dez dias, Kassab mudou de opinião.
"O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discriminação, preconceito, ameaças ou constrangimentos. Não precisa de dia para se afirmar", disse o prefeito na entrevista ao "Agora São Paulo".
O projeto foi aprovado no início do mês em votação simbólica na Câmara. Dos 50 vereadores presentes, apenas 19 se manifestaram contra.
Com a repercussão do assunto, PT e PSDB iniciaram uma articulação para convencer Kassab (PSD) a vetar o projeto.

Por Folha