|

Procuradoria quer investigar Agnelo e Perillo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedidos para a abertura de inquéritos para investigar os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Os pedidos já constam no sistema de acompanhamento processual do STJ.
A procuradoria quer que o STJ abra um inquérito para apurar as suspeitas de envolvimento de Perillo com as supostas irregularidades investigadas pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. O esquema seria comandado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com a participação de policiais, inclusive delegados das polícias federal e civil, além de empresários, autoridades e políticos.
Em relação ao governador do Distrito Federal, a procuradoria quer investigar também suspeita de envolvimento em fatos apurados na Monte Carlo e desvios na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Agnelo foi diretor da Anvisa entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Palácio do Buriti.
Nesta quarta-feira (13), em depoimento à CPI do Cachoeira, o governador do DF negou irregularidades tanto no cargo atual como em suas passagens pela Anvisa e pelo Ministério dos Esportes. Ele negou ter contato com Cachoeira e se disse vítima do grupo do contraventor, que teria tramado para derrubá-lo do governo.
Ontem, Marconi Perillo também se defendeu de acusações diante de parlamentares. Ele também afirmou ser "vítima de fatos distorcidos e informações descabidas". Durante o depoimento, que durou mais de oito horas, Perillo tentou explicar a venda de uma casa que foi usada por Cachoeira. Ele afirmou que soube, na CPI, que o comprador, Walter Paulo, pediu dinheiro emprestado ao contraventor.

Por Época