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Em documento, PT elogia privatização da Vale

Em 2007, houve uma mobilização liderada pelo PSOL que lutava pela reestatização da Vale.
Um projeto de lei que previa um plebiscito sobre um assunto foi proposto na Câmara pelo dep. Ivan Valente (PSOL/SP). O Relator do Projeto foi o deputado José Guimarães (PT/CE), irmão de José Genoíno, ex-presidente nacional do PT e um dos acusados no escândalo do mensalão.
O Partido dos Trabalhadores (PT) costuma satanizar as privatizações, especialmente a da Vale, classificando-a como um crime contra o patrimônio público. O fato é que isso não passa de retórica eleitoreira, pois neste relatório, o dep. José Guimarães vota contra a reestatização da empresa, reconhece e aponta os muitos benefícios da privatização da Vale.
O parlamentar diz que "De fato, pode-se verificar que a privatização levou a Vale a efetuar investimentos numa escala nunca antes atingida pela empresa, graças à eliminação da necessidade de partilhar recursos com o Orçamento da União, o que, naturalmente, se refletiu em elevação da competitividade da empresa no cenário internacional e permitiu a série de aquisições necessárias para o crescimento do conglomerado minerador a nível internacional."
Em outro momento, o petista afirma que "De fato, em 2005, a empresa pagou 2 bilhões de reais de impostos no Brasil, cerca de 800 milhões de dólares ao câmbio da época, valor superior em dólares ao próprio lucro da empresa antes da privatização.
Assim, é de difícil sustentação econômica o argumento de que houve perdas para a União. Houve ganhos patrimoniais, dado o extraordinário crescimento do valor da empresa, houve ganhos arrecadatórios significativos, além de ganhos econômicos indiretos com a geração de empregos e com o crescimento expressivo das exportações. A rigor, a União desfez-se do controle da empresa, em favor de uma estrutura de governança mais ágil e moderna, adaptando a empresa á forte concorrência internacional, mantendo expressiva participação tanto nos ganhos econômicos da empresa, como na sua própria administração. E tal processo foi, inegavelmente, bemsucedido.
Diante dos fatos, consideramos que a proposta de submeter a reversão de um processo econômico desta natureza e desta monta é desprovido de sentido econômico e pode trazer sérios prejuízos à própria empresa e a seus acionistas, entre os quais se inclui, como exposto, o próprio interesse da União."

Finalmente, é taxativo em seu voto: "Pelas razões expostas, votamos pela rejeição do Projeto de Decreto Legislativo nº 374, de 2007."

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