Governo líbio arma civis contra possível ataque terrestre da Otan
O governo do ditador Muammar Kadhafi, da Líbia, está armando civis para combater um possível ataque terrestre das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira (21).
'Muitas cidades têm se organizado em pelotões para combater qualquer possível invasão da Otan', disse Mussa Ibrahim a jornalistas, dizendo que 'toda a população' está recebendo rifles e armas leves. 'Se a Otan vier a Misrata ou a qualquer cidade líbia, nós soltaremos o inferno sobre a Otan. Nós seremos uma bola de fogo ... Nós faremos 10 vezes pior que o Iraque.'
Os comentários vêm um dia depois que a França prometeu aos rebeldes líbios que vai intensificar os ataques aéreos sobre as forças do líder Muammar Kadhafi e enviar militares para ajudar os insurgentes.
A Líbia enfrenta uma batalha desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Kadhafi, há 42 anos no poder, se tornaram confrontos violentos e passaram a ser reprimidos com força pelo regime. No dia 17 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que valida quaisquer medidas necessárias para impedir um massacre de civis. Dois dias depois, a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha começou a bombardear a Líbia. O atual controle das operações está com a Otan.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que tem liderado a intervenção sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU), não disse como as forças da Otan vão superar o impasse após os Estados Unidos e vários aliados europeus terem negado se juntar aos ataques terrestres.
Ibrahim disse: 'Nós estamos armando toda a população, não para combater os rebeldes... O que nós estamos combatendo é a Otan, e se a Otan pensa em vir por terra para ocupar qualquer cidade na Líbia, eles não serão confrontados pelo Exército líbio, mas serão confrontados pelas tribos líbias, jovens líbios, homens e mulheres.'
Ele disse que as forças do governo controlam 80% da cidade de Misrata, no oeste do país -- onde insurgentes e residentes dizem estar enfrentando bombardeios diários por tropas pró-Kadhafi.
Os rebeldes controlam apenas o porto e a área ao redor, acrescentou Ibrahim. 'Nosso problema em Misrata não é o balanço de poder, porque ... todas as tribos em Misrata e fora de Misrata declararam que estão com o governo legítimo deste país', disse ele. 'Todas as tribos e cidades em torno de Misrata estão fortemente armadas. Eu estou falando de homens e mulheres normais.'
EUA
O Pentágono utilizará aviões não tripulados (drones) para missões de ataque na Líbia, informou nesta quinta o secretário de Defesa, Robert Gates, qualificando a decisão de "modesta contribuição" aos esforços da coalizão internacional.
Segundo Gates, a decisão de utilizar estes aparelhos não tripulados armados com mísseis foi adotada diante da "situação humanitária" na Líbia. O secretário de Defesa destacou que os drones têm uma maior "capacidade" para evitar vítimas civis em relação aos aviões tripulados.
'Muitas cidades têm se organizado em pelotões para combater qualquer possível invasão da Otan', disse Mussa Ibrahim a jornalistas, dizendo que 'toda a população' está recebendo rifles e armas leves. 'Se a Otan vier a Misrata ou a qualquer cidade líbia, nós soltaremos o inferno sobre a Otan. Nós seremos uma bola de fogo ... Nós faremos 10 vezes pior que o Iraque.'
Os comentários vêm um dia depois que a França prometeu aos rebeldes líbios que vai intensificar os ataques aéreos sobre as forças do líder Muammar Kadhafi e enviar militares para ajudar os insurgentes.
A Líbia enfrenta uma batalha desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Kadhafi, há 42 anos no poder, se tornaram confrontos violentos e passaram a ser reprimidos com força pelo regime. No dia 17 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que valida quaisquer medidas necessárias para impedir um massacre de civis. Dois dias depois, a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha começou a bombardear a Líbia. O atual controle das operações está com a Otan.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que tem liderado a intervenção sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU), não disse como as forças da Otan vão superar o impasse após os Estados Unidos e vários aliados europeus terem negado se juntar aos ataques terrestres.
Ibrahim disse: 'Nós estamos armando toda a população, não para combater os rebeldes... O que nós estamos combatendo é a Otan, e se a Otan pensa em vir por terra para ocupar qualquer cidade na Líbia, eles não serão confrontados pelo Exército líbio, mas serão confrontados pelas tribos líbias, jovens líbios, homens e mulheres.'
Ele disse que as forças do governo controlam 80% da cidade de Misrata, no oeste do país -- onde insurgentes e residentes dizem estar enfrentando bombardeios diários por tropas pró-Kadhafi.
Os rebeldes controlam apenas o porto e a área ao redor, acrescentou Ibrahim. 'Nosso problema em Misrata não é o balanço de poder, porque ... todas as tribos em Misrata e fora de Misrata declararam que estão com o governo legítimo deste país', disse ele. 'Todas as tribos e cidades em torno de Misrata estão fortemente armadas. Eu estou falando de homens e mulheres normais.'
EUA
O Pentágono utilizará aviões não tripulados (drones) para missões de ataque na Líbia, informou nesta quinta o secretário de Defesa, Robert Gates, qualificando a decisão de "modesta contribuição" aos esforços da coalizão internacional.
Segundo Gates, a decisão de utilizar estes aparelhos não tripulados armados com mísseis foi adotada diante da "situação humanitária" na Líbia. O secretário de Defesa destacou que os drones têm uma maior "capacidade" para evitar vítimas civis em relação aos aviões tripulados.
Por G1