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Obama sanciona lei que impede paralisação do governo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou neste sábado (9), sem declarações públicas, uma medida que impede a primeira paralisiação do governo desde 1995. Em breve comunicado, a Casa Branca informou que Obama assinou a medida, aprovada por volta da meia-noite pelo Congresso e que mantém "aberto" o governo até o próximo 15 de abril. Na sexta-feira, Obama disse que o acordo fechado pelos líderes do Congresso em relação ao orçamento federal contempla "os maiores cortes anuais da história do país". Segundo fontes legislativas, os cortes chegarão a US$ 38,5 bilhões.
Depois da promulgação, o líder americano visitou o monumento a Abraham Lincoln, perto da Casa Branca, para enviar o sinal que, graças ao acordo bipartidário do Congresso, lugares emblemáticos como este agora seguem abertos. Obama trocou algumas palavras com turistas, mas não aceitou perguntas da imprensa.
O acordo, fruto de vários dias de negociações, foi sobre duas medidas: uma para evitar o fechamento do Governo durante a próxima semana, e outra para resolver de forma permanente o orçamento para os seis meses que faltam do ano fiscal 2011.
O Congresso prevê votar o orçamento definitivo do ano fiscal 2011 em curso na próxima semana, segundo fontes legislativas. Se não fosse alcançado o acordo, a maior parte das agências governamentais teria que encerrar suas operações porque os fundos federais se esgotariam à meia-noite desta sexta-feira. Isso teria suspendido as funções de 800 mil servidores federais, além de interromper vários serviços não relacionados à segurança nacional.
A medida de despesas, que na realidade é a sétima extensão das despesas fiscais, inclui um corte inicial de US$ 2 bilhões, do total de US$ 38,5 bilhões para o ano fiscal que conclui em 30 de setembro. Obama reconheceuque alguns dos cortes "serão dolorosos" e prejudicarão as pessoas que dependem dos programas afetados, além de o acordo atrasar projetos de infraestrutura.

Por Época