'Nunca tive medo de não jogar mais', diz Stacy
Há 24 dias, a líbero do Vôlei Futuro, Stacy Sykora, passou muito perto da morte. Mas seria impossível imaginar algo assim ao olhar para ela hoje. Sorridente e plenamente recuperada do acidente que sofreu no último dia 12 de abril, ela conta que jamais pensou que pudesse não voltar a jogar por conta de qualquer sequela.
O ônibus que levava Stacy e o resto do time para o primeiro jogo das semifinais da Superliga, em Osasco, tombou. Outras jogadoras se machucaram, mas somente Stacy ficou gravemente ferida. Ela teve um corte na cabeça e traumatismo cranio-encefálico, e o primeiro prognostico dos médicos era de 90 dias de internação. A princípio, ninguém poderia garantir que a atleta voltaria a jogar vôlei.
- Eu estava muito mal, meu corpo era outro. Não podia comer, não podia fazer nada, não falava, não podia caminhar. Eu não entendia nada.
A recuperação surpreendeu aos médicos. Em apenas 15 dias a jogadora estava bem.
- Eu não sei o que aconteceu. Mas nunca tive medo de que não jogaria mais, sempre soube que iria voltar a jogar. Nunca tive medo que as coisas não dessem certo. Posso falar que vou jogar de novo - afirmou.
Apesar da agonia que passou no último mês, Stacy lida bem com a situação. Diz que problemas assim fazem parte da vida.
- Falo sempre que isso é a vida. Eu estava indo para Osasco e agora eu estou aqui, saindo do hospital. A vida é assim, não dá planejar muito. Penso que, graças a Deus, eu estou aqui, normal, inteira. Não sabemos nunca o que vai acontecer no próximo dia.
A única coisa que ainda incomoda a líbero americana é o penteado. Por conta do corte de cerca de 10cm na cabeça, Stacy perdeu uma mecha grossa de cabelos.
- Eu tinha tanto cabelo e agora olha só.... (mostra o corte) Não tenho nada! Vai demorar uns dez anos para isso tudo crescer novamente. Estou muito feia - brinca a jogadora.
A líbero voltou para os Estados Unidos nesta sexta-feira e se apresentará à seleção americana na próxima semana. Ela fará testes e treinamentos para ver se consegue disputar um torneio na Suíça, em junho.
- Falei com o meu técnico americano. Primeira coisa, eles querem me ver, ver como estou, e depois faço o que eu posso, porque em um mês eu não estava fazendo nada, eu preciso tocar a bola, musculação, muitas coisas. Não posso falar nada, porque não sei como estou com bola, dentro da quadra, eu não sei nada, eu vou com a cabeça a zero, estou pronta para todas as coisas que falam que eu tenho que fazer – disse ela, confiante.
Para que Stacy se sentisse em casa neste período de reabilitação no hospital, ela ganhou de presente um enorme calendário com sua foto estampada. Nele, a líbero fez questão de destacar os dias em que esteve em coma com a palavra "dead" - morta em inglês.
Assinalou todo o período em que passou internada e também grifou o dia 24 de abril, dia em que recebeu alta do hospital, acompanhada da palavra "life" - vida em inglês.
O calendário também tinha um círculo enorme, marcando o dia de seu retorno ao Brasil. A volta será no dia 21 de novembro, segundo a marcação, após todos os compromissos com a seleção americana.
Stacy não questiona o fato de apenas ela ter se ferido gravemente no acidente.
- Penso sempre que a minha vida é curta. Eu falo sempre isso. Por isso estou vivendo cada dia muito bem.
Por GloboEsporte.com
O ônibus que levava Stacy e o resto do time para o primeiro jogo das semifinais da Superliga, em Osasco, tombou. Outras jogadoras se machucaram, mas somente Stacy ficou gravemente ferida. Ela teve um corte na cabeça e traumatismo cranio-encefálico, e o primeiro prognostico dos médicos era de 90 dias de internação. A princípio, ninguém poderia garantir que a atleta voltaria a jogar vôlei.
- Eu estava muito mal, meu corpo era outro. Não podia comer, não podia fazer nada, não falava, não podia caminhar. Eu não entendia nada.
A recuperação surpreendeu aos médicos. Em apenas 15 dias a jogadora estava bem.
- Eu não sei o que aconteceu. Mas nunca tive medo de que não jogaria mais, sempre soube que iria voltar a jogar. Nunca tive medo que as coisas não dessem certo. Posso falar que vou jogar de novo - afirmou.
Apesar da agonia que passou no último mês, Stacy lida bem com a situação. Diz que problemas assim fazem parte da vida.
- Falo sempre que isso é a vida. Eu estava indo para Osasco e agora eu estou aqui, saindo do hospital. A vida é assim, não dá planejar muito. Penso que, graças a Deus, eu estou aqui, normal, inteira. Não sabemos nunca o que vai acontecer no próximo dia.
A única coisa que ainda incomoda a líbero americana é o penteado. Por conta do corte de cerca de 10cm na cabeça, Stacy perdeu uma mecha grossa de cabelos.
- Eu tinha tanto cabelo e agora olha só.... (mostra o corte) Não tenho nada! Vai demorar uns dez anos para isso tudo crescer novamente. Estou muito feia - brinca a jogadora.
A líbero voltou para os Estados Unidos nesta sexta-feira e se apresentará à seleção americana na próxima semana. Ela fará testes e treinamentos para ver se consegue disputar um torneio na Suíça, em junho.
- Falei com o meu técnico americano. Primeira coisa, eles querem me ver, ver como estou, e depois faço o que eu posso, porque em um mês eu não estava fazendo nada, eu preciso tocar a bola, musculação, muitas coisas. Não posso falar nada, porque não sei como estou com bola, dentro da quadra, eu não sei nada, eu vou com a cabeça a zero, estou pronta para todas as coisas que falam que eu tenho que fazer – disse ela, confiante.
Para que Stacy se sentisse em casa neste período de reabilitação no hospital, ela ganhou de presente um enorme calendário com sua foto estampada. Nele, a líbero fez questão de destacar os dias em que esteve em coma com a palavra "dead" - morta em inglês.
Assinalou todo o período em que passou internada e também grifou o dia 24 de abril, dia em que recebeu alta do hospital, acompanhada da palavra "life" - vida em inglês.
O calendário também tinha um círculo enorme, marcando o dia de seu retorno ao Brasil. A volta será no dia 21 de novembro, segundo a marcação, após todos os compromissos com a seleção americana.
Stacy não questiona o fato de apenas ela ter se ferido gravemente no acidente.
- Penso sempre que a minha vida é curta. Eu falo sempre isso. Por isso estou vivendo cada dia muito bem.
Por GloboEsporte.com