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Espanha deve ser o quarto europeu a ser resgatado

A Espanha, sob desconfiança do mercado e da comunidade internacional, começa a mudar de discurso e acena com a possibilidade de solicitar um plano de resgate internacional para o país.
Informações de bastidores dão conta de que a Espanha deveria concordar com a ajuda das autoridades europeias ainda hoje, em possível conferência telefônica entre os 17 países que são membros da zona do euro.
Madri negou, apesar de não mais descartar a necessidade de receber os recursos, como vinha fazendo de forma firme até esta semana.
O setor bancário da quarta maior economia da zona do euro é a grande preocupação dos mercados.
Sua recuperação requer uma injeção de capital que a Espanha, sozinha, não consegue mais captar de forma sustentável, pagando altos juros no mercado financeiro.
Desse modo, o país deve ser o quarto a pedir um resgate às autoridades europeias, somando-se a Irlanda, Grécia e Portugal.
Ewald Nowotny, integrante do conselho de governo do Banco Central Europeu (BCE), declarou ontem que qualquer adiamento no pedido de auxílio aumentará os custos de resgate da Espanha.
Ele disse que a situação espanhola é similar à da Irlanda quando esse último pediu o resgate: "A Espanha atualmente tem um problema com seus bancos e uma bolha no setor imobiliário".
Segundo funcionários da União Europeia ouvidos pelo jornal "Financial Times", o bloco quer garantir que o resgate espanhol seja definido antes da eleição na Grécia, no dia 17.
 
Obama
 
O presidente americano, Barack Obama, pediu ontem que os líderes europeus ajam para conter a crise.
Obama disse que os países devem injetar capital em bancos problemáticos e adotar políticas de crescimento.

Por Folha