STF dispensa funcionária que pediu aposentadoria de Sarney
O STF (Supremo Tribunal Federal) mandou dispensar a funcionária terceirizada que questionou no Twitter quando o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai pendurar as chuteiras.
"Ouvi por aí: 'agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?'", dizia o tuite publicado na página oficial do Supremo. O texto foi apagado.
Como não ela pode ser demitida, o Supremo pediu para que a empresa terceirizada a substitua.
Após o incidente, o presidente do STF, Cezar Peluso, telefonou para Sarney para desculpar-se. Na conversa, o senador pediu que o ministro não tomasse medida contra a funcionária.
Uma nota oficial com pedido de desculpas também foi publicada na página do Supremo.
"A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal esclarece que, por ato impensado, sua página oficial no Twitter foi usada indevidamente por funcionária terceirizada, para tecer comentários impróprios a respeito de eminente autoridade, a qual o STF e a SCO pedem encarecidas desculpas."
Já Sarney reagiu com bom humor. Em vídeo divulgado na página do Senado, ele afirma que ficou "feliz" ao ser comparado com alguém que leva o apelido de "fenômeno".
"Me comparar ao Ronaldo como um fenômeno também, eu fico muito feliz. E ao mesmo tempo eu quero agradecer a essa moça porque fez um julgamento muito bom ao meu respeito", disse.
Depois, em entrevista, o senador disse que não pretende "pendurar as chuteiras".
"Quanto às chuteiras, as chuteiras do Ronaldo estão penduradas hoje no Brasil inteiro e no mundo inteiro em homenagem ao que ele representa."
Sarney afirmou que a internet é atualmente um território de "absoluta liberdade", por isso o STF não deveria punir a funcionária. O peemedebista disse acreditar que ela tenha feito uma piada a respeito da sua idade (80 anos).
"Ela estava falando da minha idade. Eu acho que não se deve querer limitar a idade do criador, né? Deixa ele fazer o que ele quer. Se ele quer dar mais vida para a gente, deixa ele fazer."
Por Folha