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Ganso esquece problemas, joga bem e lidera vitória santista sobre o Mogi

Toda a expectativa do jogo entre Santos e Mogi Mirim, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, recaía sobre Paulo Henrique Ganso. Qual seria a reação do craque santista um dia depois de confirmar à diretoria que quer deixar o clube para jogar na Europa? Mas o camisa 10 não decepcionou a torcida. No seu caso, a falta de sintonia é só com a diretoria. Com a bola, ele continuou mostrando intimidade. Não balançou as redes, mas seus pés iniciaram as jogadas três gols da vitória do Santos por 3 a 1, pelo 15ª rodada do Paulistão. Foram duas assistências, para o primeiro e o terceiro, e um passe para Pará no início da jogada do segundo.
Apesar do triunfo, o Peixe segue na quarta colocação do estadual, com 31 pontos. Já o Mogi, que vinha de vitória sobre o Ituano e tentava embalar, caiu para o 12º lugar. O Santos volta a campo no próximo domingo, às 18h30m (de Brasília), para enfrentar o Ituano, em Itu. Já o Mogi, no sábado, às 18h30m, recebe a Portuguesa.

Ganso tem lampejos, mas jogo dá sono na etapa inicial

O Santos entrou em campo com um time bastante modificado. Com nove desfalques, Elano e Neymar entre eles, e um esquema com o qual não está habituado, o 3-5-2, a equipe alvinegra esteve perdida em campo. Deu a impressão que os jogadores haviam acabado de se conhecer. Zé Eduardo e Keirrison, que formaram a dupla de ataque, passaram todo o primeiro tempo sem se aproximar um do outro. Era cada um por si. O Mogi, por sua vez, se fechou lá atrás e vivia à espera da oportunidade de um contra-ataque que não aparecia.
O Peixe, porém, tem Ganso. Mesmo fora de sintonia com a diretoria, apenas cumprindo um contrato com o qual já queria se ver livre, sem esconder de ninguém que quer ir para a Europa, dava o toque de qualidade que o Peixe precisava em campo. Aos seis minutos de jogo, ele acertou dois excelentes passes. O primeiro foi para Felipe Anderson, que recebeu de frente para o goleiro e foi abafado na hora do chute. O segundo foi para Zé Love, e este não perdoou: abriu o placar.
Mas foi só isso no primeiro tempo. O restante da partida se arrastou de maneira enfadonha, de arrancar bocejos. Com um meio de campo congestionado, a bola rebatia de um lado para o outro sem jamais se aproximar das metas. Foram 45 minutos, mas pareceu mais.

Peixe volta melhor, sofre susto, mas liquida a partida

O Santos apresentou uma melhora significativa no segundo tempo. Pelo menos acertou mais passes, criou mais chances. Logo aos três minutos, ampliou o placar. Pará recebeu bom passe de Ganso e chutou rasteiro, e o goleiro João Paulo espalmou nos pés de Keirrison, que limpou a jogada e marcou.
Parecia que as coisas estavam entrando nos eixos. Aos 17 e aos 20, o Peixe criou grandes chances para marcar. Na primeira, em cabeçada de Zé Eduardo, João Paulo espalmou. Depois, Alan Patrick recebeu de Pará e rolou para Zé soltar a bomba de pé direito. A bola parou na trave.
O Mogi tinha dificuldades para passar do meio de campo. Paulo Isidoro, que cuja missão era articular as jogadas do Sapão, não conseguia acertar passes. O técnico Guto Assunção resolveu mexer no time e colocou o jovem Cristiano em campo. Em seu primeiro lance, aos 26, ele recebeu lançamento às costas de Pará, invadiu a área e chutou de pé direito, rasteiro, diminuindo a vantagem alvinegra.
O gol do Mogi, porém, acabou sendo apenas um acidente de percurso. O Santos seguia melhor, controlando o jogo e envolvendo o adversário. Aos 29, em cobrança de falta da direita, Ganso cruzou para Edu Dracena subir mais alto que todo mundo e escorar de cabeça, acertando o canto direito: 3 a 1 e partida liquidada.

Por GloboEsporte.com