Preços altos estão entre os principais culpados pela pirataria, diz estudo
Um relatório sobre pirataria divulgado nesta segunda-feira (7), com foco em mercados emergentes, entre eles o Brasil, concluiu que os preços altos estão entre os principais culpados pela pirataria.
Com o nome Media Piracy in Emerging Economies (Pirataria de Mídias em Economias Emergentes, em tradução livre), o estudo abrange o Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, México e Bolívia.
A pesquisa foi realizada pelo Social Science Research Council (Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais, em tradução aproximada), uma organização americana sem fins lucrativos e com cerca de trinta e cinco pesquisadores e três anos de trabalho, segundo o site da organização.
FATORES
A introdução do estudo defende que "Altos preços para mídias, baixos salários e tecnologias digitais baratas são o principal ingrediente da pirataria global de mídias". O preço de uma cópia do Microsoft Office nos países pesquisados é cinco a dez vezes maior do que o dos EUA e Europa, indica o texto.
Entre outros pontos levantados estão: a falta de competição do mercado local, que favorece os altos preços; a pirataria faz parte da rotina dos habitantes, indicação de educação antipirataria pouco eficiente; grande distância entre as mudanças na legislação promovidas pelas companhias de mídia e aplicação das novas leis.
Também foi levantado que não há relação entre crime organizado ou terrorismo e a pirataria de mídias nos países estudados. Os comerciantes de mercadoria pirata, inclusive, enfrentam a competição com os produtos gratuitos, assim como os comerciantes do mercado legal, segundo a publicação.
Por fim, as sanções contra a pirataria praticadas há uma década não surtiram efeito na oferta de produtos piratas, diz o estudo.
DADOS
O capítulo referente ao Brasil é o maior da publicação, com 86 páginas de um total de 440. Ele foi coordenado pelo Instituto Overmundo e conduzidos por pesquisadores Centro de Tecnologia e Sociedade e FGV Opinião, ambos da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Foram realizadas cerca de 25 entrevistas formais e diversas informais.
Usando dados de 2010, a pesquisa calcula que no mercado brasileiros são piratas 56% dos softwares, 22% dos filmes, 48% das músicas e 91% dos jogos eletrônicos.
Se a pirataria diminuísse em 8%, São Paulo criaria 19.500 postos de trabalho, aumentaria em R$ 2,63 bilhões a receita da indústria local e arrecadaria R$ 430,11 milhões em impostos, defende o documento, citando uma pesquisa da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software).
A publicação está disponível integralmente, em inglês, sob uma licença chamada Consumer's Dilemma (literalmente, "Dilema do Consumidor"). Países "de alta renda", dentre eles EUA, Japão e Austrália, têm de pagar US$ 8 pelo estudo em versão digital, para uso não comercial. O país de origem é identificado por meio do IP da máquina.
Com o nome Media Piracy in Emerging Economies (Pirataria de Mídias em Economias Emergentes, em tradução livre), o estudo abrange o Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, México e Bolívia.
A pesquisa foi realizada pelo Social Science Research Council (Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais, em tradução aproximada), uma organização americana sem fins lucrativos e com cerca de trinta e cinco pesquisadores e três anos de trabalho, segundo o site da organização.
FATORES
A introdução do estudo defende que "Altos preços para mídias, baixos salários e tecnologias digitais baratas são o principal ingrediente da pirataria global de mídias". O preço de uma cópia do Microsoft Office nos países pesquisados é cinco a dez vezes maior do que o dos EUA e Europa, indica o texto.
Entre outros pontos levantados estão: a falta de competição do mercado local, que favorece os altos preços; a pirataria faz parte da rotina dos habitantes, indicação de educação antipirataria pouco eficiente; grande distância entre as mudanças na legislação promovidas pelas companhias de mídia e aplicação das novas leis.
Também foi levantado que não há relação entre crime organizado ou terrorismo e a pirataria de mídias nos países estudados. Os comerciantes de mercadoria pirata, inclusive, enfrentam a competição com os produtos gratuitos, assim como os comerciantes do mercado legal, segundo a publicação.
Por fim, as sanções contra a pirataria praticadas há uma década não surtiram efeito na oferta de produtos piratas, diz o estudo.
DADOS
O capítulo referente ao Brasil é o maior da publicação, com 86 páginas de um total de 440. Ele foi coordenado pelo Instituto Overmundo e conduzidos por pesquisadores Centro de Tecnologia e Sociedade e FGV Opinião, ambos da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Foram realizadas cerca de 25 entrevistas formais e diversas informais.
Usando dados de 2010, a pesquisa calcula que no mercado brasileiros são piratas 56% dos softwares, 22% dos filmes, 48% das músicas e 91% dos jogos eletrônicos.
Se a pirataria diminuísse em 8%, São Paulo criaria 19.500 postos de trabalho, aumentaria em R$ 2,63 bilhões a receita da indústria local e arrecadaria R$ 430,11 milhões em impostos, defende o documento, citando uma pesquisa da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software).
A publicação está disponível integralmente, em inglês, sob uma licença chamada Consumer's Dilemma (literalmente, "Dilema do Consumidor"). Países "de alta renda", dentre eles EUA, Japão e Austrália, têm de pagar US$ 8 pelo estudo em versão digital, para uso não comercial. O país de origem é identificado por meio do IP da máquina.
Por Folha