Manifestantes desbloqueiam acesso ao Porto do Açu
Perto das 20h30 desta terça-feira (26), os produtores rurais começaram a desbloquear o acesso ao Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Os manifestantes impediam o acesso ao canteiro de obras do porto de propriedade da companhia LLX, do empresário Eike Batista, desde as 4h da segunda-feira.
Depois de uma reunião que durou o dia inteiro entre representantes dos produtores rurais e da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), os manifestantes voltaram ao local do protesto. “Não comemos aço, nem energia elétrica. Somos produtores rurais e alimentamos nossas famílias e muitos outros irmãos”, disse Rodrigo Santos, presidente da Associação de Produtores Rurais e Imóveis do Município de São João da Barra, em discurso aos presentes.
Na sequência, todos fizeram uma oração e começaram, então, a retirar o trator que impedia a passagem, além dos restos de pneus queimados. Tudo foi acompanhado de perto por policiais do 8º Batalhão da Polícia Militar (Campos dos Goytacazes), que estavam no local desde a véspera.
Na segunda, o major Maxwell de Araújo, do 8º BPM, havia dito que, independentemente do resultado da reunião, o tráfego seria liberado.
Segundo a LLX, a expectativa é que as obras do Porto do Açu sejam retomadas amanhã pela manhã.
Reunião
De acordo com Santos, da associação de produtores rurais, durante a reunião desta terça-feira, não houve acordo sobre interromper as desapropriações e também sobre aumentar o valor das indenizações.
Entretanto, houve acordo em duas propostas. A primeira é a criação de uma espécie de “bolsa-agricultura”, que vai permitir que o agricultor receba o equivalente ao que ganhava com o uso da terra, até receber o valor total da indenização.
"A reunião transcorreu num ambiente de cordialidade e, no geral, se avançou. Haverá o agendamento de novas reuniões para dar continuidade a essa discussão e estamos olhando caso a caso", disse Conceição Ribeiro, presidente da Codin.
No final de março, os trabalhadores do consórcio ARG Civil Port, que atua nas obras do empresário Eike Batista no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), entraram em greve. Eles bloquearam a via de acesso ao porto - inclusive com queima de pneus -, reivindicando melhoria salarial, adicional de 30% de periculosidade, participação nos lucros e resultados, seguro de vida e adaptações no alojamento. A paralisação durou três dias.
Complexo
O complexo em construção é considerado um dos maiores empreendimentos de Eike e inclui a construção de um terminal portuário, com previsão para entrar em atividade em 2012, além de estaleiro, usina térmica a gás natural, entre outras instalações, numa área total de 9 mil hectares. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão só no terminal portuário dedicado ao minério de ferro.
Depois de uma reunião que durou o dia inteiro entre representantes dos produtores rurais e da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), os manifestantes voltaram ao local do protesto. “Não comemos aço, nem energia elétrica. Somos produtores rurais e alimentamos nossas famílias e muitos outros irmãos”, disse Rodrigo Santos, presidente da Associação de Produtores Rurais e Imóveis do Município de São João da Barra, em discurso aos presentes.
Na sequência, todos fizeram uma oração e começaram, então, a retirar o trator que impedia a passagem, além dos restos de pneus queimados. Tudo foi acompanhado de perto por policiais do 8º Batalhão da Polícia Militar (Campos dos Goytacazes), que estavam no local desde a véspera.
Na segunda, o major Maxwell de Araújo, do 8º BPM, havia dito que, independentemente do resultado da reunião, o tráfego seria liberado.
Segundo a LLX, a expectativa é que as obras do Porto do Açu sejam retomadas amanhã pela manhã.
Reunião
De acordo com Santos, da associação de produtores rurais, durante a reunião desta terça-feira, não houve acordo sobre interromper as desapropriações e também sobre aumentar o valor das indenizações.
Entretanto, houve acordo em duas propostas. A primeira é a criação de uma espécie de “bolsa-agricultura”, que vai permitir que o agricultor receba o equivalente ao que ganhava com o uso da terra, até receber o valor total da indenização.
"A reunião transcorreu num ambiente de cordialidade e, no geral, se avançou. Haverá o agendamento de novas reuniões para dar continuidade a essa discussão e estamos olhando caso a caso", disse Conceição Ribeiro, presidente da Codin.
No final de março, os trabalhadores do consórcio ARG Civil Port, que atua nas obras do empresário Eike Batista no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), entraram em greve. Eles bloquearam a via de acesso ao porto - inclusive com queima de pneus -, reivindicando melhoria salarial, adicional de 30% de periculosidade, participação nos lucros e resultados, seguro de vida e adaptações no alojamento. A paralisação durou três dias.
Complexo
O complexo em construção é considerado um dos maiores empreendimentos de Eike e inclui a construção de um terminal portuário, com previsão para entrar em atividade em 2012, além de estaleiro, usina térmica a gás natural, entre outras instalações, numa área total de 9 mil hectares. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão só no terminal portuário dedicado ao minério de ferro.
Por G1