Otan divulga nota lamentando morte de filho de Gaddafi
A Otan acaba de divulgar uma nota a respeito do ataque que vitimou o filho e três netos do ditador líbio Muammar Gaddafi no início desta noite.
Charles Bouchard, comandante das operações da Otan na Líbia, declarou que todos seus alvos da Otan são "de natureza militar e claramente ligados ao regime de Gaddafi" e frisou "nós não visamos alvos individuais".
No entanto, a nota não explicou o porquê de um ataque em uma área residencial, onde estavam Gaddafi e seu filho.
"Eu estou ciente de relatos feitos pela mídia, e ainda não confirmados, de que alguns dos membros da família Gaddafi podem ter sido mortos", disse Bouchard. "Nós lamentamos qualquer morte, especialmente a de civis inocentes que são prejudicados por esse conflito".
A nota ainda argumenta que a Otan apenas cumpre a decisão da ONU de parar os ataques das tropas de Gaddafi contra a população com "precisão e cuidado", referindo-se à resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede um fim imediato dos ataques autorizando todas as medidas necessárias para proteger os civis líbios.
ATAQUE
Saif al Arab Gaddafi, 29, filho mais novo de Muammar Gaddafi, foi morto neste sábado em Trípoli durante um ataque aéreo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). De acordo com o porta-voz, o ditador líbio, Moussa Ibrahim, Muammar Gaddafi, estava junto com o filho mas saiu ileso do bombardeio, que também matou três netos e feriu outros parentes e amigos.
A Otan atua na Líbia assumiu o comando das operações internacionais na Líbia no dia 31 de março e passou a liderar as forças na operação Protetor Unificado. Inicialmente, as ações militares do país eram lideradas pelos EUA.
Gaddafi e sua mulher estavam na casa do filho em Trípoli quando ao menos um míssil da Otan atingiu o local. "A casa de Saif al Arab Muamar Gaddafi (...) foi atacada com meios potentes. O líder [Muammar Gaddafi] está bem", disse Ibrahim. "Ele não foi ferido. Sua mulher também passa bem".
A casa do filho do ditador, que fica em uma área residencial de Trípoli, ficou amplamente danificada. Saif al Arab Gadhafi era o sexto filho do ditador e passava grande parte do tempo na Alemanha nos últimos anos.
Em Benghazi, houve comemoração com tiros para o alto disparados por rebeldes durante a madrugada deste sábado após o anúncio da morte de Saif al Arab, de acordo com um jornalista da France Presse.
REJEIÇÃO À RENÚNCIA
Mais cedo, Gaddafi reiterou que não vai renunciar ao poder e convidou a França e os Estados Unidos a negociar uma solução para a crise na Líbia, em um discurso exibido pela TV estatal.
Gaddafi, que resiste há mais de um mês à intervenção militar internacional e há quatro meses de revolta oposicionista no leste, reiterou que não está disposto a renunciar e que a Otan "deve abandonar qualquer esperança de uma saída".
"Não tenho função oficial para renunciar a ela. Não abandonarei meu país, e combaterei até a morte", declarou Gaddafi no pronunciamento. "Eu sou sagrado para o povo líbio, eu sou um símbolo e um pai para eles", insistiu.
Gaddafi fez ainda mais uma oferta de negociação, "mas sem condições". As ofertas anteriores de negociação acabaram em fracasso e mais sangue derramada na ofensiva de Gaddafi contra os rebeldes, muitos sem treinamento militar algum e com armamento precário.
"Nós não nos renderemos, mas eu os convido a negociar. Se vocês querem o petróleo, venham para que assinemos acordos com suas empresas, mas não vale a pena fazer uma guerra. Podemos solucionar nossos problemas entre os líbios sem luta; retirem suas frotas e aviões", afirmou, em um recado à Otan.
"A (Líbia) esteve pronta até agora para entrar em um cessar-fogo (...) masnão pode ser de uma só parte. Fomos os primeiros a dar as boas-vindas a um cessar-fogo e fomos os primeiros a aceitá-lo, mas o ataque cruzado da Otan não parou", disse o coronel.
A oferta, contudo, não foi bem recebida pela Otan. Um oficial da aliança em Bruxelas afirmou que Gaddafi deve encerrar seus ataques antes de qualquer oferta de trégua.
OUTRO ATAQUE
Em outra ação, a Sociedade Líbia da Síndrome de Down também foi atingida pelos ataques da Otan na madrugada deste sábado.
Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o próprio ditador Muammar Gaddafi, que fazia um pronunciamento ao vivo à TV no momento.
"Eles talvez quisessem atingir a televisão. Este prédio não é militar, não governamental", disse Mohammed al Mahdi, chefe do conselho sociedades civis, que licencia e fiscaliza os grupos civis na Líbia.
O míssil destruiu completamente um escritório adjacente no complexo que abriga a comissão do governo para crianças.
A força da explosão arrancou as janelas e portas da escola financiada por pais para crianças com síndrome de Down, e os funcionários disseram que ela danificou um orfanato no andar de cima.
Charles Bouchard, comandante das operações da Otan na Líbia, declarou que todos seus alvos da Otan são "de natureza militar e claramente ligados ao regime de Gaddafi" e frisou "nós não visamos alvos individuais".
No entanto, a nota não explicou o porquê de um ataque em uma área residencial, onde estavam Gaddafi e seu filho.
"Eu estou ciente de relatos feitos pela mídia, e ainda não confirmados, de que alguns dos membros da família Gaddafi podem ter sido mortos", disse Bouchard. "Nós lamentamos qualquer morte, especialmente a de civis inocentes que são prejudicados por esse conflito".
A nota ainda argumenta que a Otan apenas cumpre a decisão da ONU de parar os ataques das tropas de Gaddafi contra a população com "precisão e cuidado", referindo-se à resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede um fim imediato dos ataques autorizando todas as medidas necessárias para proteger os civis líbios.
ATAQUE
Saif al Arab Gaddafi, 29, filho mais novo de Muammar Gaddafi, foi morto neste sábado em Trípoli durante um ataque aéreo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). De acordo com o porta-voz, o ditador líbio, Moussa Ibrahim, Muammar Gaddafi, estava junto com o filho mas saiu ileso do bombardeio, que também matou três netos e feriu outros parentes e amigos.
A Otan atua na Líbia assumiu o comando das operações internacionais na Líbia no dia 31 de março e passou a liderar as forças na operação Protetor Unificado. Inicialmente, as ações militares do país eram lideradas pelos EUA.
Gaddafi e sua mulher estavam na casa do filho em Trípoli quando ao menos um míssil da Otan atingiu o local. "A casa de Saif al Arab Muamar Gaddafi (...) foi atacada com meios potentes. O líder [Muammar Gaddafi] está bem", disse Ibrahim. "Ele não foi ferido. Sua mulher também passa bem".
A casa do filho do ditador, que fica em uma área residencial de Trípoli, ficou amplamente danificada. Saif al Arab Gadhafi era o sexto filho do ditador e passava grande parte do tempo na Alemanha nos últimos anos.
Em Benghazi, houve comemoração com tiros para o alto disparados por rebeldes durante a madrugada deste sábado após o anúncio da morte de Saif al Arab, de acordo com um jornalista da France Presse.
REJEIÇÃO À RENÚNCIA
Mais cedo, Gaddafi reiterou que não vai renunciar ao poder e convidou a França e os Estados Unidos a negociar uma solução para a crise na Líbia, em um discurso exibido pela TV estatal.
Gaddafi, que resiste há mais de um mês à intervenção militar internacional e há quatro meses de revolta oposicionista no leste, reiterou que não está disposto a renunciar e que a Otan "deve abandonar qualquer esperança de uma saída".
"Não tenho função oficial para renunciar a ela. Não abandonarei meu país, e combaterei até a morte", declarou Gaddafi no pronunciamento. "Eu sou sagrado para o povo líbio, eu sou um símbolo e um pai para eles", insistiu.
Gaddafi fez ainda mais uma oferta de negociação, "mas sem condições". As ofertas anteriores de negociação acabaram em fracasso e mais sangue derramada na ofensiva de Gaddafi contra os rebeldes, muitos sem treinamento militar algum e com armamento precário.
"Nós não nos renderemos, mas eu os convido a negociar. Se vocês querem o petróleo, venham para que assinemos acordos com suas empresas, mas não vale a pena fazer uma guerra. Podemos solucionar nossos problemas entre os líbios sem luta; retirem suas frotas e aviões", afirmou, em um recado à Otan.
"A (Líbia) esteve pronta até agora para entrar em um cessar-fogo (...) masnão pode ser de uma só parte. Fomos os primeiros a dar as boas-vindas a um cessar-fogo e fomos os primeiros a aceitá-lo, mas o ataque cruzado da Otan não parou", disse o coronel.
A oferta, contudo, não foi bem recebida pela Otan. Um oficial da aliança em Bruxelas afirmou que Gaddafi deve encerrar seus ataques antes de qualquer oferta de trégua.
OUTRO ATAQUE
Em outra ação, a Sociedade Líbia da Síndrome de Down também foi atingida pelos ataques da Otan na madrugada deste sábado.
Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o próprio ditador Muammar Gaddafi, que fazia um pronunciamento ao vivo à TV no momento.
"Eles talvez quisessem atingir a televisão. Este prédio não é militar, não governamental", disse Mohammed al Mahdi, chefe do conselho sociedades civis, que licencia e fiscaliza os grupos civis na Líbia.
O míssil destruiu completamente um escritório adjacente no complexo que abriga a comissão do governo para crianças.
A força da explosão arrancou as janelas e portas da escola financiada por pais para crianças com síndrome de Down, e os funcionários disseram que ela danificou um orfanato no andar de cima.
Por Folha