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DNA de Strauss-Kahn foi encontrado na roupa da suposta vítima, diz TV

Amostras do DNA do ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Domique Strauss-Kahn, foram encontradas nas roupas da camareira de hotel que o acusa de abuso sexual, afirma a emissora de TV americana NBC.
Um porta-voz da polícia se recusou a confirmar esta informação, pedindo que o tribunal fosse consultado, mas este também se recusou a fazer qualquer comentário.
Os resultados dos exames de DNA efetuados em Strauss-Kahn, em sua suposta vítima e na suíte do hotel Sofitel, onde os fatos teriam ocorrido, eram aguardados para o início desta semana. Segundo a NBC, o esperma de Dominique Strauss-Kahn foi encontrado na gola da camisa da suposta vítima, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades americanas.
Uma porta-voz do tribunal, Erin Duggan, havia declarado nesta segunda-feira de manhã que nada seria comunicado antes do processo, e repetiu a mesma coisa nesta segunda-feira à tarde.
O francês renunciou ao cargo esta semana após ter sido preso sob acusação de crimes sexuais contra uma camareira de um hotel em Nova York. Ele foi libertado nesta sexta-feira após pagamento de fiança de US$ 1 milhão e uma caução de US$ 5 milhões. Ele teve ainda de entregar todos os seus documentos de viagem e usar uma tornozeleira de localização.
O agora ex-diretor-gerente do FMI foi acusado formalmente de tentativa de estupro e agressão sexual contra uma camareira do hotel Sofitel de Nova York, onde se hospedou há uma semana. Em uma audiência realizada na segunda-feira (16) estiveram presentes sua mulher e sua filha, Camille, ambas muito emocionadas. Strauss-Kahn responderá por sete acusações apresentadas pela promotoria.
De acordo com a acusação, a camareira teria entrado no quarto do hotel acreditando que ele estava vazio. Strauss-Kahn estava no banheiro tomando banho. Ao sair, ele a "cercou por trás e a tocou de maneira inconveniente" e "a obrigou a cometer um ato sexual", alegam.
Strauss-Kahn deixou o hotel rapidamente, mas acabou sendo detido a bordo de um avião quando tentava voltar à França, a apenas dois minutos da decolagem.
Caso seja declarado culpado, Strauss-Kahn --cuja prisão abalou o Partido Socialista Francês, que pretendia lançá-lo como candidato nas eleições presidenciais de 2012-- pode ser condenado a até 74 anos de prisão. O julgamento será em 6 de junho.

Por Folha