Ideli assume articulação política; Luiz Sérgio vai para a Pesca
A presidente Dilma Rousseff tomou nesta sexta-feira (10) uma decisão inusitada para resolver a crise política que permaneceu no Planalto mesmo depois da saída de Antonio Palocci da Casa Civil. Dilma escalou a favorita Ideli Salvatti (PT-SC), que estava no Ministério da Pesca, para as Relações Institucionais, e mandou Luiz Sérgio, o ex-chefe da coordenação política, para o ministério da Pesca. O anúncio oficial foi feito no Blog do Planalto.
A decisão foi tomada por Dilma depois de consultar, entre a noite de quinta-feira (9) e a manhã desta sexta-feira (10), alguns dos principais nomes do PMDB, como o vice-presidente, Michel Temer, o presidente do Senado, José Sarney (AP) e o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL). Foi uma forma de dar espaço ao PMDB nas tomadas de decisão do governo, reivindicação antiga do partido e que ficou ainda mais forte depois que Dilma escalou a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) para a Casa Civil sem consultar o partido.
A falta de sintonia entre o Planalto e os dois principais partidos da base aliada, PT e PMDB, ficou clara com a crise envolvendo Palocci. A expectativa era que sua saída da Casa Civil resolveria os problemas de Dilma, mas não foi isso o que ocorreu. Luiz Sérgio passou a ser apontado como um dos responsáveis pelas falhas nas articulações do governo. Dilma tentou evitar a crucificação de Luiz Sérgio, mas mesmo outros petistas passaram a atacar o ministro. O diagnóstico é que, como o ministro precisa bater de frente com Dilma para defender as reivindicações da base, ele precisaria de mais poder, o que Luiz Sérgio não tinha.
Confira a nota oficial do governo:
A Presidenta Dilma Rousseff convidou hoje a ex-senadora Ideli Salvatti para assumir a chefia da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O ministro Luiz Sérgio será o novo titular do Ministério da Pesca e Aquicultura. A presidenta dará posse aos ministros em suas novas funções na próxima segunda-feira, 13/6.
Ideli afirmou que assumirá a função de articuladora política do governo com a promessa de usar o "bom-senso". "Já executei várias tarefas em minha vida e, para cada uma dessas tarefas, você tem que atuar de acordo com a demanda. Na articulação política, não vou usar apenas dois ouvidos. Terei que usar muito mais, ouvidos, coração, bom-senso, sempre na busca de um bom resultado, para o governo e para o país", disse.
Ideli ressaltou que a decisão de Dilma foi uma "troca de tarefas, mas não de responsabilidades". “O governo é um só. A negociação é de responsabilidade de todos os integrantes do governo, para que se chegue a bom termo, tanto nas relações com o Congresso, com os governadores, com as prefeituras e com a sociedade em geral. Isso é fundamental para que o país se desenvolva, cresça e distribua renda. Estou muito honrada pela lembrança, pelo convite", disse.
A ministra afirmou que a escolha de seu nome ocorreu com base na atuação como senadora. "Durante os oito anos em que fui senadora, sete deles passei como líder, ou da bancada, ou do governo", destacou Ideli, que lembrou a boa relação que manteve com o ex-presidente Lula, durante seu governo, e com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Tivemos uma boa parceria", disse Ideli.
A decisão foi tomada por Dilma depois de consultar, entre a noite de quinta-feira (9) e a manhã desta sexta-feira (10), alguns dos principais nomes do PMDB, como o vice-presidente, Michel Temer, o presidente do Senado, José Sarney (AP) e o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL). Foi uma forma de dar espaço ao PMDB nas tomadas de decisão do governo, reivindicação antiga do partido e que ficou ainda mais forte depois que Dilma escalou a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) para a Casa Civil sem consultar o partido.
A falta de sintonia entre o Planalto e os dois principais partidos da base aliada, PT e PMDB, ficou clara com a crise envolvendo Palocci. A expectativa era que sua saída da Casa Civil resolveria os problemas de Dilma, mas não foi isso o que ocorreu. Luiz Sérgio passou a ser apontado como um dos responsáveis pelas falhas nas articulações do governo. Dilma tentou evitar a crucificação de Luiz Sérgio, mas mesmo outros petistas passaram a atacar o ministro. O diagnóstico é que, como o ministro precisa bater de frente com Dilma para defender as reivindicações da base, ele precisaria de mais poder, o que Luiz Sérgio não tinha.
Confira a nota oficial do governo:
A Presidenta Dilma Rousseff convidou hoje a ex-senadora Ideli Salvatti para assumir a chefia da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O ministro Luiz Sérgio será o novo titular do Ministério da Pesca e Aquicultura. A presidenta dará posse aos ministros em suas novas funções na próxima segunda-feira, 13/6.
Ideli promete bom senso
Ideli ressaltou que a decisão de Dilma foi uma "troca de tarefas, mas não de responsabilidades". “O governo é um só. A negociação é de responsabilidade de todos os integrantes do governo, para que se chegue a bom termo, tanto nas relações com o Congresso, com os governadores, com as prefeituras e com a sociedade em geral. Isso é fundamental para que o país se desenvolva, cresça e distribua renda. Estou muito honrada pela lembrança, pelo convite", disse.
A ministra afirmou que a escolha de seu nome ocorreu com base na atuação como senadora. "Durante os oito anos em que fui senadora, sete deles passei como líder, ou da bancada, ou do governo", destacou Ideli, que lembrou a boa relação que manteve com o ex-presidente Lula, durante seu governo, e com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Tivemos uma boa parceria", disse Ideli.
Por Época