Bovespa fecha em queda de 3,52% com temor sobre recessão global
O medo de uma nova recessão global voltou a tomar conta dos investidores nesta quinta-feira, puxando as Bolsas de Valores ao redor do mundo para baixo.
O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, caiu 3,52%, atingindo os 53.134 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,93 bilhões. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,599, na venda, em alta de 0,88%.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve baixa de 3,68%. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, caiu 5,21%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor's 500 registrou desvalorização de 4,45%.
"Era de se esperar essa queda, não era natural a gente ter movimentos de volatilidade só para cima", afirmou Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. Entre os últimos sete pregões, a Bovespa teve alta em seis.
A divulgação de novos indicadores apontaram para a fraqueza da economia dos EUA e de outros países desenvolvidos.
Além disso, o banco Morgan Stanley reduziu as previsões de crescimento global em 2011 e 2012, dizendo que os Estados Unidos e a zona do euro estão "perigosamente perto de uma recessão" e criticando as autoridades de Washington e da Europa por não agirem de forma mais decisiva para conter a crise de dívida pública.
O banco cortou de 4,2% para 3,9% a estimativa para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) global em 2011, e a taxa projetada para 2012 baixou de 4,5% para 3,8%.
"O mercado já abriu ruim com o Morgan Stanley. Obviamente, depois que vieram os números dos EUA, essa queda foi acelerada", afirmou Carlos Augusto Nielebock, operador da Icap.
A Bolsa chegou a cair 5,13% durante a sessão, mas reduziu as perdas após rumores de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) poderia se reunir ainda hoje, segundo o operador.
Nos Estados Unidos, uma parte maior da população entrou para a fila do desemprego na semana passada, em comparação com a semana anterior. Além disso, a pressão sobre os preços em julho foi maior do que os economistas previam.
Quando a inflação está em alta ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho está enfraquecido, o Banco Central tem mais dificuldade para estimular a economia, afirmou Jack Ablin, do Harris Private Bank, à Associated Press.
O Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) já anunciou que vai manter as taxas de juros em patamar próximo de zero até 2013. Mas o risco de mais inflação pode impedir que ele tome mais medidas, como mais uma rodada do programa de compra de títulos conhecido como QE (quantitative easing).
O sinal de alerta também foi acionado nos mercados com a divulgação de que a atividade manufatureira na área da Filadélfia teve recuo significativo em agosto. Pesquisa divulgada hoje mostrou que o índice de atividade saiu de 3,2 em julho para --30,7 em agosto, o menor desde março de 2009.
Por último, foram divulgados os dados sobre as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA. Houve queda de 3,5% em julho na comparação com junho, chegando à taxa mais baixa deste ano, de 4,67 milhões de unidades (com ajuste sazonal).
EUROPA
Preocupações sobre o nível de endividamento da Europa também prejudicam os mercados. Alguns países pegaram tantos empréstimos que podem precisar de ajuda para pagá-los. Um calote de qualquer um deles prejudicaria os bancos europeus, que detém parte desses títulos.
As autoridades reguladoras dos Estados Unidos estão de olho nas filiais americanas dos grandes bancos europeus para ver se elas têm capacidade de manter um nível adequado de liquidez caso as matrizes se vejam forçadas a repatriar capitais, informou o "Wall Street Journal".
"Os bancos europeus estão sofrendo com a percepção de que a crise está instalada na região e o mercado começa a desconfiar da seriedade dos governos europeus de resolver essa crise seriamente a tempo", diz Almawi.
Dados divulgados no Japão e no Reino Unido também sugerem que a economia global está enfraquecendo que os consumidores estão relutantes em gastar.
No Japão, as exportações caíram 3,3% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado --a quinta redução consecutiva.
MELHORA
Para Almawi, da Lerosa, o mercado continua com tendência de volatilidade, para cima e para baixo.
"Só sinais de que a economia voltou a andar podem fazer o mercado melhorar. Porque nesse momento, temos um mercado fraco em relação ao consumo, com problemas sérios de endividamento nos EUA e na Europa", afirmou Nielebock.
Almawi disse, porém, que a Bolsa brasileira está cheia de oportunidades para os investidores, já que há diversas ações baratas no mercado. Ela citou que as ações ligadas ao consumo interno tiveram quedas menores no pregão de hoje.
Papéis relacionados a utilidades, como energia (CPFL) e telefonia (Telemar N L), chegaram a fechar no terreno positivo.
O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, caiu 3,52%, atingindo os 53.134 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,93 bilhões. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,599, na venda, em alta de 0,88%.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve baixa de 3,68%. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, caiu 5,21%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor's 500 registrou desvalorização de 4,45%.
"Era de se esperar essa queda, não era natural a gente ter movimentos de volatilidade só para cima", afirmou Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. Entre os últimos sete pregões, a Bovespa teve alta em seis.
A divulgação de novos indicadores apontaram para a fraqueza da economia dos EUA e de outros países desenvolvidos.
Além disso, o banco Morgan Stanley reduziu as previsões de crescimento global em 2011 e 2012, dizendo que os Estados Unidos e a zona do euro estão "perigosamente perto de uma recessão" e criticando as autoridades de Washington e da Europa por não agirem de forma mais decisiva para conter a crise de dívida pública.
O banco cortou de 4,2% para 3,9% a estimativa para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) global em 2011, e a taxa projetada para 2012 baixou de 4,5% para 3,8%.
"O mercado já abriu ruim com o Morgan Stanley. Obviamente, depois que vieram os números dos EUA, essa queda foi acelerada", afirmou Carlos Augusto Nielebock, operador da Icap.
A Bolsa chegou a cair 5,13% durante a sessão, mas reduziu as perdas após rumores de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) poderia se reunir ainda hoje, segundo o operador.
Nos Estados Unidos, uma parte maior da população entrou para a fila do desemprego na semana passada, em comparação com a semana anterior. Além disso, a pressão sobre os preços em julho foi maior do que os economistas previam.
Quando a inflação está em alta ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho está enfraquecido, o Banco Central tem mais dificuldade para estimular a economia, afirmou Jack Ablin, do Harris Private Bank, à Associated Press.
O Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) já anunciou que vai manter as taxas de juros em patamar próximo de zero até 2013. Mas o risco de mais inflação pode impedir que ele tome mais medidas, como mais uma rodada do programa de compra de títulos conhecido como QE (quantitative easing).
O sinal de alerta também foi acionado nos mercados com a divulgação de que a atividade manufatureira na área da Filadélfia teve recuo significativo em agosto. Pesquisa divulgada hoje mostrou que o índice de atividade saiu de 3,2 em julho para --30,7 em agosto, o menor desde março de 2009.
Por último, foram divulgados os dados sobre as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA. Houve queda de 3,5% em julho na comparação com junho, chegando à taxa mais baixa deste ano, de 4,67 milhões de unidades (com ajuste sazonal).
EUROPA
Preocupações sobre o nível de endividamento da Europa também prejudicam os mercados. Alguns países pegaram tantos empréstimos que podem precisar de ajuda para pagá-los. Um calote de qualquer um deles prejudicaria os bancos europeus, que detém parte desses títulos.
As autoridades reguladoras dos Estados Unidos estão de olho nas filiais americanas dos grandes bancos europeus para ver se elas têm capacidade de manter um nível adequado de liquidez caso as matrizes se vejam forçadas a repatriar capitais, informou o "Wall Street Journal".
"Os bancos europeus estão sofrendo com a percepção de que a crise está instalada na região e o mercado começa a desconfiar da seriedade dos governos europeus de resolver essa crise seriamente a tempo", diz Almawi.
Dados divulgados no Japão e no Reino Unido também sugerem que a economia global está enfraquecendo que os consumidores estão relutantes em gastar.
No Japão, as exportações caíram 3,3% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado --a quinta redução consecutiva.
MELHORA
Para Almawi, da Lerosa, o mercado continua com tendência de volatilidade, para cima e para baixo.
"Só sinais de que a economia voltou a andar podem fazer o mercado melhorar. Porque nesse momento, temos um mercado fraco em relação ao consumo, com problemas sérios de endividamento nos EUA e na Europa", afirmou Nielebock.
Almawi disse, porém, que a Bolsa brasileira está cheia de oportunidades para os investidores, já que há diversas ações baratas no mercado. Ela citou que as ações ligadas ao consumo interno tiveram quedas menores no pregão de hoje.
Papéis relacionados a utilidades, como energia (CPFL) e telefonia (Telemar N L), chegaram a fechar no terreno positivo.
Por Folha