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Na Líbia, líder rebelde vai a Trípoli e diz que batalha não acabou

Em sua primeira visita à capital da Líbia, Trípoli, desde o início dos combates entre rebeldes e forças do ditador Muammar Gaddafi, o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mahmoud Jibril, disse que a batalha não acabou e que os gaddafistas ainda não foram derrotados. Ele pediu também que os grupos políticos que se formam no novo cenário líbio fiquem unidos. Jibril advertiu seus aliados que ajudaram a derrubar o regime que não devem começar com "jogos políticos uns contra os outros" enquanto os seguidores de Gaddafi não forem completamente derrotados.
"Esta é uma fase em que temos que nos unir e ficar juntos", disse ele em entrevista coletiva à imprensa. "Assim que a batalha tiver terminado (...) o jogo político pode começar."
Jibril fez uma aparente ameaça de renunciar se emergirem disputas internas no movimento que derrubou o ditador.
"Alguns fizeram tentativas de iniciar um jogo político antes de se chegar a um consenso sobre as regras", declarou Jibril, acrescentando que a prioridade do novo governo era encerrar a batalha contra as forças de Gaddafi.
"Se nós descobrirmos que não estamos em terreno comum, então eu recuarei", afirmou.
 
BUSCA MUNDIAL POR GADDAFI

Mais cedo, a procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, na Holanda, afirmou que está pedindo à Interpol (a polícia internacional) que emita um mandado de busca para Gaddafi, seu filho Saif al Islam e o chefe de inteligência do regime, Abdullah Senussi.
A corte internacional pediu em 27 de junho passado a prisão dos três, por crimes contra a humanidade.
O promotor do tribunal, Luis Moreno-Ocampo, disse querer que a Interpol emita os mandados de prisão, conhecidos como alerta vermelho, para Gaddafi pelos supostos crimes contra a humanidade, de assassinato e perseguição. "Prender Gaddafi é questão de tempo", disse ele.
Moreno-Ocampo explicou que o alerta vermelho tem como fim a prisão provisória de uma pessoa procurada para extradição ou transporte para uma corte internacional.

Por Folha