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Com setlist certeiro, Alice in Chains ganha fãs no SWU

A chuva não deu trégua, mas o Alice in Chains também não. Penúltima atração do SWU, o Alice in Chains voltou ao Brasil, mas com um novo vocalista. Com a morte de de Layne Staley em 2002, a reunião do grupo em 2005 só aconteceu com a chegada do vocalista William DuVall, que passou por uma prova de fogo nesta chuvosa noite de domingo ao encarar o encerramento do festival sob o olhar daqueles que lembram do vocal intenso e característico de Staley. 
Se a apresentação foi de fato uma prova imposta pelos brasileiros, DuVall passou com méritos. O vocalista soube respeitar os timbres e tons que dão personalidade a todos os sucessos do Alice in Chains. Já nas faixas de Black Gives Way to Blue (2009) aí sim pode mostrar sua voz em Check My Brain e Last of My Kind.
Ajudando no teste de DuVall, o grupo de Jerry Cantrell - sempre preciso na guitarra -, montou um setlist impecável para ganhar seus fãs. De cara veio Them Bones, do disco Dirt, Dam That River e Rain When I Die.
O show começou pesado, mas só ganhou a atenção total dos fãs com We Die Young, de Facelift, álbum de estreia do grupo. Neste ponto, nitidamente o som das caixas foi aumentado. O ritmo se inverteu com densa Down in a Hole, acompanhada por um coro. Nutshell também marcou outro momento alto da apresentação. "Não podemos esquecer de onde viemos", disse Cantrell.
A sequência final reservou o que os fãs do Alice in Chains queriam para esquecer as capas de chuva e cantar em alto e bom som. Angry Chair foi celebrada em coro, mas Man in the Box, sucesso absoluto do quarteto colocou a pista em êxtase.
Mesmo com parte do público desistindo do festival por causa da intensa chuva, o Alice in Chains reservou para o final Rooster, No Excuses e Would?.
"Obrigado, com certeza não vamos demorar nada pra voltar", prometeu Jerry Cantrell. O Alice in Chains deixou o palco ovacionado por seus fãs, que ainda aceitariam canções como Bleed the Freak e Sea of Sorrow, mas não foi desta vez.
 
Por Terra