Ibama vai autuar Chevron por vazamento de petróleo
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou nota nesta quinta-feira (17) dizendo que vai autuar a Chevron pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.
A nota, assinada pelo presidente Curt Trennepohl, diz que especialistas do instituto estiveram no local do acidente e acompanham diretamente o caso. Segundo a nota, a Chevron será autuada assim que o poço for fechado, porque "o valor da multa é proporcional ao dano ambiental causado. E esse dano somente poderá ser mensurado ao final dos trabalhos".
A Polícia Federal também se manifestou a respeito do acidente. O delegado Fabio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente da PF, abriu inquérito na quarta-feira (16) para apurar o vazamento. Segundo o delegado, uma equipe da PF foi deslocada para o município de Campos, e deve começar a investigação nesta quinta-feira.
O delegado suspeita de negligência por parte da empresa na contenção do vazamento. Segundo ele, as informações prestadas pela empresa são contraditórias, como o tamanho do vazamento e a quantidade de barcos que trabalham na l1impeza do local. Se for comprovada culpa, os operadores da plataforma poderão ser indiciados por crime de poluição, com pena prevista de até três anos de reclusão e multa.
O acidente ocorreu a 370 km da costa do Rio, na Bacia de Campos, em um poço de responsabilidade da Chevron, no dia 8 de novembro. No dia 13, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou o plano de contenção do vazamento proposto pela Chevron, que prevê "o emprego de lama pesada" para fechar o poço, e em seguida o uso de cimentação para "matar" o poço de forma definitiva.
Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida. "A principal hipótese, levantada pela concessionária, é de que uma fratura provocada por procedimento estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8".
A ANP diz que o processo de cimentação do poço teve início na quarta-feira, às 12h30, e que as imagens do local indicam redução do vazamento. "A mancha de óleo está se dispersando e se afastando do litoral brasileiro. Essa dispersão gera um aumento da superfície de mancha, com menor densidade de óleo. Essa diluição é resultado do trabalho de dispersão mecânica realizada por navios que se encontram no local e por condições climáticas", diz a nota.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que o vazamento pode chegar a 330 barris por dia, o que significa mais de 50 mil litros de petróleo. Mas uma estimativa independente feita pelo geógrafo americano John Amos, especializado em interpretação de imagens de satélite, mostra que o vazamento pode ser pior. Segundo Amos, o tamanho da mancha de petróleo captada pelos satélites indicam uma estimativa de 3,7 mil barris de petróelo por dia, um número dez vezes maior do que os cálculos da ANP.
Se os números da ANP estiverem corretos, não será um vazamento de grandes proporções, apesar de o petróleo vazado causar dano na biodiversidade marinha. Já se for confirmado a estimativa do geógrafo americano, de 3,7 mil barris/dia, seria um vazamento de grandes proporções, semelhante a quantidade vazada no início do acidente da BP no Golfo do México - no começo do acidente da BP, o vazamento era de cerca de 5 mil barris por dia, e posteriormente a situação piorou muito e chegou a 40 mil barris/dia.
Grupos de conservação do meio ambiente, como o Greenpeace, argumentam que o vazamento é um indício de que a exploração de petróleo em águas profundas não é segura. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nega. Segundo Lobão, o acidente "não tem a gravidade que se anuncia". O ministro também minimizou os danos do vazamento. "O vazamento não se deu na direção da praia e sim em sentido contrário, portando não perturba ninguém", disse.
A nota, assinada pelo presidente Curt Trennepohl, diz que especialistas do instituto estiveram no local do acidente e acompanham diretamente o caso. Segundo a nota, a Chevron será autuada assim que o poço for fechado, porque "o valor da multa é proporcional ao dano ambiental causado. E esse dano somente poderá ser mensurado ao final dos trabalhos".
A Polícia Federal também se manifestou a respeito do acidente. O delegado Fabio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente da PF, abriu inquérito na quarta-feira (16) para apurar o vazamento. Segundo o delegado, uma equipe da PF foi deslocada para o município de Campos, e deve começar a investigação nesta quinta-feira.
O delegado suspeita de negligência por parte da empresa na contenção do vazamento. Segundo ele, as informações prestadas pela empresa são contraditórias, como o tamanho do vazamento e a quantidade de barcos que trabalham na l1impeza do local. Se for comprovada culpa, os operadores da plataforma poderão ser indiciados por crime de poluição, com pena prevista de até três anos de reclusão e multa.
O acidente
Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida. "A principal hipótese, levantada pela concessionária, é de que uma fratura provocada por procedimento estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8".
A ANP diz que o processo de cimentação do poço teve início na quarta-feira, às 12h30, e que as imagens do local indicam redução do vazamento. "A mancha de óleo está se dispersando e se afastando do litoral brasileiro. Essa dispersão gera um aumento da superfície de mancha, com menor densidade de óleo. Essa diluição é resultado do trabalho de dispersão mecânica realizada por navios que se encontram no local e por condições climáticas", diz a nota.
Tamanho do vazamento pode estar subestimado
Se os números da ANP estiverem corretos, não será um vazamento de grandes proporções, apesar de o petróleo vazado causar dano na biodiversidade marinha. Já se for confirmado a estimativa do geógrafo americano, de 3,7 mil barris/dia, seria um vazamento de grandes proporções, semelhante a quantidade vazada no início do acidente da BP no Golfo do México - no começo do acidente da BP, o vazamento era de cerca de 5 mil barris por dia, e posteriormente a situação piorou muito e chegou a 40 mil barris/dia.
Grupos de conservação do meio ambiente, como o Greenpeace, argumentam que o vazamento é um indício de que a exploração de petróleo em águas profundas não é segura. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nega. Segundo Lobão, o acidente "não tem a gravidade que se anuncia". O ministro também minimizou os danos do vazamento. "O vazamento não se deu na direção da praia e sim em sentido contrário, portando não perturba ninguém", disse.
Por Época