Ministro aprovou sete sindicatos fantasmas
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no Estado. Os certificados saíram a pedido do deputado Bala Rocha (PDT-AP), dirigente do partido de Lupi, que afirma ter se valido da proximidade partidária com o ministro.
Nenhum dos presidentes desses sindicatos é industrial. São motoristas de uma cooperativa de veículos controlada por um aliado de Rocha. Os sindicatos têm registros em endereços nos quais não há estrutura montada.
As certidões foram dadas pelo ministério em abril e agosto de 2009 e levam a assinatura de Lupi, ao lado da inscrição "certifico e dou fé", e do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros.
O ministério foi avisado por ofício pela Federação das Indústrias do Estado do Amapá, em fevereiro de 2009, de que esses sindicatos não tinham representações. Como resposta, a pasta alegou que "não cabe ao ministério apurar se os integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem representar" e que apenas sindicatos poderiam fazer esses questionamentos.
Em agosto deste ano, o deputado Vinícius Gurgel (PRTB-AP) enviou ofício ao gabinete de Lupi reiterando as suspeitas de irregularidades.
Entre os sindicatos criados está o das Indústrias da Construção e Reparação Naval. A produção de navios no Estado é zero, segundo o secretário de Indústria do Amapá, José Reinaldo. Assim como não há indústria de papel e celulose, segmento que também ganhou carta sindical de Lupi.
Resposta
O Ministério do Trabalho diz que não atendeu a interesses políticos para conceder o registro aos sete sindicatos do Amapá e que seguiu os "procedimentos previstos nos normativos legais que tratam da matéria".
O deputado Bala Rocha (PDT-AP) confirma que procurou o ministério a pedido dos sete sindicatos porque "tem facilidade para fazer esse acompanhamento" dos registros. Sobre os sindicatos representarem indústrias que não existem no Estado, Bala Rocha afirmou que "a organização sindical é livre".
Nenhum dos presidentes desses sindicatos é industrial. São motoristas de uma cooperativa de veículos controlada por um aliado de Rocha. Os sindicatos têm registros em endereços nos quais não há estrutura montada.
As certidões foram dadas pelo ministério em abril e agosto de 2009 e levam a assinatura de Lupi, ao lado da inscrição "certifico e dou fé", e do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros.
O ministério foi avisado por ofício pela Federação das Indústrias do Estado do Amapá, em fevereiro de 2009, de que esses sindicatos não tinham representações. Como resposta, a pasta alegou que "não cabe ao ministério apurar se os integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem representar" e que apenas sindicatos poderiam fazer esses questionamentos.
Em agosto deste ano, o deputado Vinícius Gurgel (PRTB-AP) enviou ofício ao gabinete de Lupi reiterando as suspeitas de irregularidades.
Entre os sindicatos criados está o das Indústrias da Construção e Reparação Naval. A produção de navios no Estado é zero, segundo o secretário de Indústria do Amapá, José Reinaldo. Assim como não há indústria de papel e celulose, segmento que também ganhou carta sindical de Lupi.
Resposta
O Ministério do Trabalho diz que não atendeu a interesses políticos para conceder o registro aos sete sindicatos do Amapá e que seguiu os "procedimentos previstos nos normativos legais que tratam da matéria".
O deputado Bala Rocha (PDT-AP) confirma que procurou o ministério a pedido dos sete sindicatos porque "tem facilidade para fazer esse acompanhamento" dos registros. Sobre os sindicatos representarem indústrias que não existem no Estado, Bala Rocha afirmou que "a organização sindical é livre".
Por Folha