Representantes da Chevron depõem semana que vem sobre vazamento
Representantes da Chevron deverão prestar depoimento à Polícia Federal na próxima semana para esclarecer o vazemento de petróleo de um poço explorado pela empresa na bacia de Campos.
A PF deve começar a intimar os envolvidos a partir de hoje.
De acordo com a PF, os responsáveis pelo incidente poderão ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estarão sujeitos as penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão.
A Polícia Federal informou nesta semana que investiga se a empresa perfurou além do que estava previsto na área de Frade, na bacia de Campos, onde um vazamento de petróleo ocorre há pelo menos dez dias. Em resposta à ação da Polícia Federal, a petroleira norte-americana disse que "continua informando e cooperando integralmente com as agências do governo brasileiro como parte de sua resposta ao incidente".
O delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da PF, no Rio, disse aontem que não há dúvida de que houve crime ambiental. "O crime de poluição já está configurado", afirmou.
FALHA TÉCNICA
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o vazamento ocorreu por problemas de operação da petroleira, e não por falhas geológicas.
Imagens submarinas feitas pela Chevron ontem indicaram que o fluxo de óleo que há dez dias sai de um poço da empresa no pós-sal está diminuindo, mas o volume de petróleo que já foi liberado para o mar é bem maior do que o informado inicialmente.
Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, o relatório da equipe do órgão que acompanha na Chevron as operações para interromper o vazamento iniciado no dia 7 informa que ele é residual. Vazaram 2.300 barris.
Ele admitiu, no entanto, que a mancha cresceu nos últimos dias, já que a tendência do óleo é se espalhar. Segundo Lima, a mancha estaria seguindo para o sudeste e já estaria bem diluída.
"O primeiro estágio de cimentação do poço foi concluído hoje com sucesso. Com o fechamento do poço, a mancha vai deixar de ser alimentada." O escapamento do petróleo para a superfície ocorreu a 150 metros do poço, informou Lima.
Ao todo serão cinco etapas para o fechamento do poço, e a previsão é que o trabalho seja concluído no sábado.
Lima disse ainda que a multa à Chevron "será alta", mas não soube informar o valor. "Temos que avaliar as causas. No princípio eles argumentaram que o acidente foi por causas naturais, mas não aceitamos, vamos investigar", disse o diretor.
SINAL VERMELHO
O secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, quer impor o máximo de punições à empresa. "É um sinal vermelho para o pré-sal que vem aí, por isso apoiamos a ação criminal da PF, não pode ficar barato."
Em entrevista ao telejornal "Bom Dia Rio", ele disse que o vazamento pode ser maior do que o esperado, e que afeta peixes e outros animais --como baleias e pássaros-- que estão em migração e pescadores.
"Não podemos banalizar esse acidente, foi uma coisa realmente grave e não sabemos a consequência", disse.
Segundo o oceanógrafo David Zee, que foi nomeado pela PF como perito técnico para avaliar o caso, o óleo que vaza leva de oito a nove horas para atingir a superfície.
"O óleo continua vazando, não houve estancamento. A mancha tem aumentado, o que não quer dizer que o vazamento não tenha diminuído. O mar e vento podem estar espalhando mais a mancha", comentou. A Marinha confirmou essa informação.
A PF deve começar a intimar os envolvidos a partir de hoje.
De acordo com a PF, os responsáveis pelo incidente poderão ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estarão sujeitos as penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão.
A Polícia Federal informou nesta semana que investiga se a empresa perfurou além do que estava previsto na área de Frade, na bacia de Campos, onde um vazamento de petróleo ocorre há pelo menos dez dias. Em resposta à ação da Polícia Federal, a petroleira norte-americana disse que "continua informando e cooperando integralmente com as agências do governo brasileiro como parte de sua resposta ao incidente".
O delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da PF, no Rio, disse aontem que não há dúvida de que houve crime ambiental. "O crime de poluição já está configurado", afirmou.
FALHA TÉCNICA
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o vazamento ocorreu por problemas de operação da petroleira, e não por falhas geológicas.
Imagens submarinas feitas pela Chevron ontem indicaram que o fluxo de óleo que há dez dias sai de um poço da empresa no pós-sal está diminuindo, mas o volume de petróleo que já foi liberado para o mar é bem maior do que o informado inicialmente.
Segundo Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, o relatório da equipe do órgão que acompanha na Chevron as operações para interromper o vazamento iniciado no dia 7 informa que ele é residual. Vazaram 2.300 barris.
Ele admitiu, no entanto, que a mancha cresceu nos últimos dias, já que a tendência do óleo é se espalhar. Segundo Lima, a mancha estaria seguindo para o sudeste e já estaria bem diluída.
"O primeiro estágio de cimentação do poço foi concluído hoje com sucesso. Com o fechamento do poço, a mancha vai deixar de ser alimentada." O escapamento do petróleo para a superfície ocorreu a 150 metros do poço, informou Lima.
Ao todo serão cinco etapas para o fechamento do poço, e a previsão é que o trabalho seja concluído no sábado.
Lima disse ainda que a multa à Chevron "será alta", mas não soube informar o valor. "Temos que avaliar as causas. No princípio eles argumentaram que o acidente foi por causas naturais, mas não aceitamos, vamos investigar", disse o diretor.
SINAL VERMELHO
O secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, quer impor o máximo de punições à empresa. "É um sinal vermelho para o pré-sal que vem aí, por isso apoiamos a ação criminal da PF, não pode ficar barato."
Em entrevista ao telejornal "Bom Dia Rio", ele disse que o vazamento pode ser maior do que o esperado, e que afeta peixes e outros animais --como baleias e pássaros-- que estão em migração e pescadores.
"Não podemos banalizar esse acidente, foi uma coisa realmente grave e não sabemos a consequência", disse.
Segundo o oceanógrafo David Zee, que foi nomeado pela PF como perito técnico para avaliar o caso, o óleo que vaza leva de oito a nove horas para atingir a superfície.
"O óleo continua vazando, não houve estancamento. A mancha tem aumentado, o que não quer dizer que o vazamento não tenha diminuído. O mar e vento podem estar espalhando mais a mancha", comentou. A Marinha confirmou essa informação.
Por Folha