Base blinda Fernando Pimentel e convocação é rejeitada na Câmara
Por 13 votos a 5, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara rejeitou, nesta quarta-feira (7), requerimento de convocação do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento Industrial) para que ele explicasse a atuação de sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, entre 2009 e 2010.
Deputados da base aliada argumentaram que o assunto não deve ser debatido na Câmara, por se tratar da vida pessoal de antes de Pimentel ser ministro. "Querem discutir a vida pregressa de um ministro que não ocupava cargo público. Isso aqui vai virar o que a gente não quer que vire: vamos fazer pequenas CPIs de questões municipais e estaduais não relacionadas com a União", disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A atitude da base contraria orientação da presidente Dilma Rousseff, que falou que todos os seus ministros devem prestar todos os esclarecimentos necessários sobre suspeitas de irregularidades. "Os ministros virão na hora que a gente quer, do jeito que a gente quer", resumiu Cunha. O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), autor de requerimento de convocação alega que a atitude da base está relacionada com o fato de Pimentel ser "da cota pessoal da Dilma". "Eles são amigos de longa data, por isso mesmo não pode pairar sobre ele nenhuma suspensão. Não há como separar sua vida pública da privada. As duas caminham juntas", disse o tucano.
O PSDB deve protocolar ainda hoje questionamento na Comissão de Ética Pública sobre as consultorias de Pimentel.
Na mesma reunião desta quarta na Comissão de Fiscalização da Câmara, os deputados rejeitaram, em votação simbólica, requerimento de convocação para que o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) explicasse as obras de transposição do Rio São Francisco.
CONSULTORIA
Uma empresa que pagou R$ 400 mil à consultoria do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento Industrial) manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte no período em que o petista administrou a capital mineira.
A empresa de informática QA Consulting Ltda. firmou contrato de R$ 173,8 mil com a Prodabel, empresa municipal de processamento de dados, em agosto de 2005.
Após Pimentel deixar a prefeitura, em 1º de janeiro de 2009, a QA contratou a consultoria do petista por R$ 400 mil, valores pagos em duas parcelas de R$ 200 mil.
O contrato de 2005 com a prefeitura foi assinado com uma empresa do grupo QA, a Techwise Solutions Soluções em Softwares Ltda., segundo a administração municipal.
Esse contrato vigorou até agosto de 2009 e foi feito por concorrência pública, na modalidade carta-convite.
O ministro declarou que não há nenhuma irregularidade nas consultorias que prestou e classificou como "pequena" a QA.
Um dos donos da QA é filho de Otílio Prado, sócio de Pimentel na P-21, e que hoje trabalha no gabinete do prefeito Marcio Lacerda (PSB).
Deputados da base aliada argumentaram que o assunto não deve ser debatido na Câmara, por se tratar da vida pessoal de antes de Pimentel ser ministro. "Querem discutir a vida pregressa de um ministro que não ocupava cargo público. Isso aqui vai virar o que a gente não quer que vire: vamos fazer pequenas CPIs de questões municipais e estaduais não relacionadas com a União", disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A atitude da base contraria orientação da presidente Dilma Rousseff, que falou que todos os seus ministros devem prestar todos os esclarecimentos necessários sobre suspeitas de irregularidades. "Os ministros virão na hora que a gente quer, do jeito que a gente quer", resumiu Cunha. O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), autor de requerimento de convocação alega que a atitude da base está relacionada com o fato de Pimentel ser "da cota pessoal da Dilma". "Eles são amigos de longa data, por isso mesmo não pode pairar sobre ele nenhuma suspensão. Não há como separar sua vida pública da privada. As duas caminham juntas", disse o tucano.
O PSDB deve protocolar ainda hoje questionamento na Comissão de Ética Pública sobre as consultorias de Pimentel.
Na mesma reunião desta quarta na Comissão de Fiscalização da Câmara, os deputados rejeitaram, em votação simbólica, requerimento de convocação para que o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) explicasse as obras de transposição do Rio São Francisco.
CONSULTORIA
Uma empresa que pagou R$ 400 mil à consultoria do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento Industrial) manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte no período em que o petista administrou a capital mineira.
A empresa de informática QA Consulting Ltda. firmou contrato de R$ 173,8 mil com a Prodabel, empresa municipal de processamento de dados, em agosto de 2005.
Após Pimentel deixar a prefeitura, em 1º de janeiro de 2009, a QA contratou a consultoria do petista por R$ 400 mil, valores pagos em duas parcelas de R$ 200 mil.
O contrato de 2005 com a prefeitura foi assinado com uma empresa do grupo QA, a Techwise Solutions Soluções em Softwares Ltda., segundo a administração municipal.
Esse contrato vigorou até agosto de 2009 e foi feito por concorrência pública, na modalidade carta-convite.
O ministro declarou que não há nenhuma irregularidade nas consultorias que prestou e classificou como "pequena" a QA.
Um dos donos da QA é filho de Otílio Prado, sócio de Pimentel na P-21, e que hoje trabalha no gabinete do prefeito Marcio Lacerda (PSB).
Por Folha