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PDT decide continuar na base do governo Dilma

A Executiva Nacional do PDT decidiu, após reunião com a presença do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que pediu demissão do cargo neste domingo, dia 4, manter sua posição de aliado do Governo de Dilma Rousseff. O partido espera manter pelo menos um ministério no governo. Segundo o presidente interino do partido, o deputado André Figueiredo (CE), na reunião desta segunda-feira, dia 5, na sede do PDT em Brasília, nenhuma nova indicação do partido foi definida. “A presidenta Dilma é quem vai decidir", afirmou Figueiredo.
Para fazer a interlocução com o governo e negociar com Dilma a participação no governo e em ministérios, o partido decidiu criar uma comissão composta por Figueiredo, os líderes do partido na Câmara e no Senado, o secretário-geral do partido, Manoel Dias, e o vice-presidente do partido, deputado Brizola Neto (RJ). "A comissão é para fazer a interlocução com o governo, para dar respostas ao governo. O partido tem que ver o que o governo quer do partido", disse Brizola Neto.
Segundo Figueiredo, o ex-ministro Lupi, presidente licenciado da sigla, renovou sua licença por mais um mês para “descansar” e deve retornar ao comando do partido em janeiro. “Ele foi eleito em março deste ano e tem a confiança de todos no partido”, afirmou.
Apesar do apoio ao governo de Dilma Rousseff, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) fez declarações acusando pessoas do PT, partido da presidente, de influenciar na crise envolvendo o Ministério do Trabalho. “Tem gente do PT que ajudou a organizar essa saída do ministro Lupi”, afirmou Paulinho da Força. Paulinho também disse que a Comissão de Ética da Presidência da República, que sugeriu a exoneração de Lupi, é “partidarizada”.
O ex-ministro Carlos Lupi deve voltar ao comando do PDT, pelo menos até o começo do ano que vem, quando serão realizadas novas eleições para o Diretório Nacional do partido, informa a coluna de Felipe Patury em ÉPOCA.
Por Época