Pré-candidatos do PSDB em SP evitam críticas a Kassab e miram no PT
Aliados de Gilberto Kassab (PSD) na gestão municipal de São Paulo, os pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo em 2012 evitaram fazer críticas diretas à gestão do prefeito nesta segunda-feira (5), durante sabatina da Folha e do UOL. (veja vídeos abaixo)
"O adversário é o PT", resumiu o deputado federal Ricardo Tripoli, que disputa a indicação dos tucanos para disputar a sucessão de Kassab ao lado dos secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Ambiente) e José Aníbal (Energia).
O partido pretende realizar prévias em março do ano que vem e ainda discute uma eventual aliança com o PSD de Kassab. Poderão votar nas prévias 20 mil filiados do PSDB. Para Aníbal, porém, a ausência de críticas não se deve às negociações por aliança em 2012. "Não vou ficar espingardeando quem não precisa espingardear. Discurso será assertivo."
Matarazzo, que foi secretário de Kassab na prefeitura, afirmou que, "na média, foi uma gestão que acertou mais do que errou". "Errou em alguns pontos que são vitais. Errou na atenção à cidade, na zeladoria da cidade. No dia a dia."
Os problemas da cidade também foram abordados durante a sabatina. Tripoli defendeu a educação como base para tirar crianças das ruas. "A cracolândia, ficou estabelecido que era no centro de São Paulo. E não é. Você vai na zona leste, na zona oeste, em todo lugar tem."
Questionado sobre a fama de "higienista", Matarazzo refutou a fama e defendeu internação para os viciados em crack na cidade. "Pergunto ao nosso ouvinte, se ele tivesse um filho andando por ai, com um 'cobertorzinho', fumando crack até morret? Claro que não. Você internaria [...]. Tem que tratar morador de rua como ser humano, como qualquer um de nós. Ele quer casa, ele quer tomar banho, como todos", disse.
Ao fim do encontro, a crítica dos tucanos se voltou, novamente, aos petistas. Bruno Covas disse que "a população não está querendo mais votar em poste", em alusão ao esforço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger o ministro da Educação, Fernado Haddad (PT), na cidade. Dilma Rousseff, no início da campanha presidencial no ano passado, era chamada pela oposição de "o poste do Lula".
PRÉVIAS
Durante o encontro, os pré-candidatos reforçaram o discurso das prévias e sinalizaram que não estão dispostos a desistir, mesmo que o ex-governador José Serra entre na disputa.
"Serra é um patrimônio do PSDB e do Brasil. Ele tem colocado que não quer ser candidato, então não vamos trabalhar com hipóteses que não estão colocadas", disse Bruno Covas, que teve o apoio do governador Geraldo Alckmin para entrar no páreo tucano.
Alckmin, inclusive, foi apontado por Matarazzo como o mediador das alianças. O secretário estadual da Cultura defendeu alianças amplas para 2012 e não descartou incluir o PSD de Kassab na lista. "Não tenho nada contra [o PSD], mas nesse momento discutimos a eleição para prefeito, que passa pelo chefe político do Estado, que nesse momento é o governador", disse.
O PSDB é o único partido que deve realizar prévias em São Paulo. Haveria sabatina com os pré-candidatos do PT, mas o partido definiu que lançará o ministro Fernando Haddad (Educação).
Kassab também quer lançar um candidato de seu grupo à sua sucessão. Os mais cotados são o vice-governador Guilherme Afif (PSD) e o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV).
EMENDAS
Durante a sabatina, o secretário Bruno Covas voltou a responder a respeito da polêmica sobre a venda de emendas na Assembleia Legislativa. Questionado sobre uma declaração que deu ao jornal "O Estado de S. Paulo" em que relata um pagamento de propina, disse que contou a história de "forma hipotética
"Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar e nunca aceitei corrupção. O caso já foi totalmente esclarecido. Contei uma história de forma hipotética e se tornou um grande Carnaval. Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar corrupção."
Em uma entrevista em agosto, Covas disse que já tinha recebido de um prefeito uma proposta de propina de R$ 5.000 por ter liberado uma emenda.
SABATINA
Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Tripoli foram sabatinados no auditório da Folha, na região central da capital.
Os quatro pré-candidatos tucanos responderam a perguntas dos jornalistas Vera Magalhães, repórter especial da Folha, e Diogo Pinheiro, editor do UOL Notícias.
"O adversário é o PT", resumiu o deputado federal Ricardo Tripoli, que disputa a indicação dos tucanos para disputar a sucessão de Kassab ao lado dos secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Ambiente) e José Aníbal (Energia).
O partido pretende realizar prévias em março do ano que vem e ainda discute uma eventual aliança com o PSD de Kassab. Poderão votar nas prévias 20 mil filiados do PSDB. Para Aníbal, porém, a ausência de críticas não se deve às negociações por aliança em 2012. "Não vou ficar espingardeando quem não precisa espingardear. Discurso será assertivo."
Matarazzo, que foi secretário de Kassab na prefeitura, afirmou que, "na média, foi uma gestão que acertou mais do que errou". "Errou em alguns pontos que são vitais. Errou na atenção à cidade, na zeladoria da cidade. No dia a dia."
Os problemas da cidade também foram abordados durante a sabatina. Tripoli defendeu a educação como base para tirar crianças das ruas. "A cracolândia, ficou estabelecido que era no centro de São Paulo. E não é. Você vai na zona leste, na zona oeste, em todo lugar tem."
Questionado sobre a fama de "higienista", Matarazzo refutou a fama e defendeu internação para os viciados em crack na cidade. "Pergunto ao nosso ouvinte, se ele tivesse um filho andando por ai, com um 'cobertorzinho', fumando crack até morret? Claro que não. Você internaria [...]. Tem que tratar morador de rua como ser humano, como qualquer um de nós. Ele quer casa, ele quer tomar banho, como todos", disse.
Ao fim do encontro, a crítica dos tucanos se voltou, novamente, aos petistas. Bruno Covas disse que "a população não está querendo mais votar em poste", em alusão ao esforço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger o ministro da Educação, Fernado Haddad (PT), na cidade. Dilma Rousseff, no início da campanha presidencial no ano passado, era chamada pela oposição de "o poste do Lula".
PRÉVIAS
Durante o encontro, os pré-candidatos reforçaram o discurso das prévias e sinalizaram que não estão dispostos a desistir, mesmo que o ex-governador José Serra entre na disputa.
"Serra é um patrimônio do PSDB e do Brasil. Ele tem colocado que não quer ser candidato, então não vamos trabalhar com hipóteses que não estão colocadas", disse Bruno Covas, que teve o apoio do governador Geraldo Alckmin para entrar no páreo tucano.
Alckmin, inclusive, foi apontado por Matarazzo como o mediador das alianças. O secretário estadual da Cultura defendeu alianças amplas para 2012 e não descartou incluir o PSD de Kassab na lista. "Não tenho nada contra [o PSD], mas nesse momento discutimos a eleição para prefeito, que passa pelo chefe político do Estado, que nesse momento é o governador", disse.
O PSDB é o único partido que deve realizar prévias em São Paulo. Haveria sabatina com os pré-candidatos do PT, mas o partido definiu que lançará o ministro Fernando Haddad (Educação).
Kassab também quer lançar um candidato de seu grupo à sua sucessão. Os mais cotados são o vice-governador Guilherme Afif (PSD) e o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV).
EMENDAS
Durante a sabatina, o secretário Bruno Covas voltou a responder a respeito da polêmica sobre a venda de emendas na Assembleia Legislativa. Questionado sobre uma declaração que deu ao jornal "O Estado de S. Paulo" em que relata um pagamento de propina, disse que contou a história de "forma hipotética
"Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar e nunca aceitei corrupção. O caso já foi totalmente esclarecido. Contei uma história de forma hipotética e se tornou um grande Carnaval. Estava ilustrando que não aceito, não vou aceitar corrupção."
Em uma entrevista em agosto, Covas disse que já tinha recebido de um prefeito uma proposta de propina de R$ 5.000 por ter liberado uma emenda.
SABATINA
Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado federal Ricardo Tripoli foram sabatinados no auditório da Folha, na região central da capital.
Os quatro pré-candidatos tucanos responderam a perguntas dos jornalistas Vera Magalhães, repórter especial da Folha, e Diogo Pinheiro, editor do UOL Notícias.
Por Folha