Juíza diz que capitão observou navio afundando na Itália
A juíza Valeria Montesarchio, responsável pelos casos criminais do naufrágio do navio Costa Concordia, afirmou que o capitão do cruzeiro, Francesco Schettino, ficou sobre um cais na ilha italiana de Giglio vendo como o navio afundava antes do término da evacuação.
A conclusão foi o que fez com que a magistrada determinasse a prisão domiciliar do comandante da embarcação. Baseada nos depoimentos feitos na investigação, ela concluiu que "existem indícios graves" dos delitos pelos que a Promotoria acusa Schettino.
O capitão é acusado de abandono do navio, homicídio culposo múltiplo e naufrágio. Porém, a juíza não viu indícios de tentativa de fuga nem contaminação das apurações, recusando o pedido da promotoria de prisão preventiva.
IMPRUDÊNCIA
A magistrada avalia como culposa a manobra que Schettino fez e provocou o acidente, avaliando como "gravemente imprudente". Ela afirma que o capitão admitiu ter se aproximado demais da costa, mas que "não percebeu o tamanho do dano" causado pela batida e reafirma que demorou de 30 a 40 minutos para avisar às autoridades costeiras.
Montesachio revelou que o comandante disse ter abandonado a embarcação quando permaneciam a bordo "pelo menos mil pessoas" e que teve de sair do navio porque era "necessário". No entanto, a juíza disse que Schettino não tentou voltar às proximidades da embarcação após o abandono.
DEPOIMENTO
Em depoimento, Francesco Schettino alegou que era incapaz de continuar a retirada de passageiros por ter escorregado em um bote salva-vidas enquanto ajudava os passageiros a sair do navio.
"Os passageiros foram para o convés, tomando de assalto os salva-vidas. Eu não tinha sequer um colete, porque tinha dado o meu a um dos passageiros. Tentava levar as pessoas de uma forma ordenada, mas como o navio estava em um ângulo de 60-70º, eu tropecei e acabei em um dos barcos". Ele afirmou que não podia descer o barco, pois havia outros botes na água.
Schettino admitiu ter batido nas pedras próximas à ilha de Giglio e fez uma manobra para aterrar o fundo do Costa Concordia. Ele afirma que o desvio salvou muitas vidas.
"Eu estava navegando pela vista, porque eu sabia as profundezas bem e eu tinha feito essa manobra três ou quatro vezes. Mas desta vez eu pedi a volta muito tarde e acabei na água mais rasa. Não sei por que aconteceu. Eu era uma vítima dos meus instintos".
Schettino confirmou que ele navegava perto da ilha de Giglio para saudar um capitão aposentado, Mario Palombo, e estava no telefone com o amigo no momento. Ele também disse que não estava sob o efeito de drogas.
A conclusão foi o que fez com que a magistrada determinasse a prisão domiciliar do comandante da embarcação. Baseada nos depoimentos feitos na investigação, ela concluiu que "existem indícios graves" dos delitos pelos que a Promotoria acusa Schettino.
O capitão é acusado de abandono do navio, homicídio culposo múltiplo e naufrágio. Porém, a juíza não viu indícios de tentativa de fuga nem contaminação das apurações, recusando o pedido da promotoria de prisão preventiva.
IMPRUDÊNCIA
A magistrada avalia como culposa a manobra que Schettino fez e provocou o acidente, avaliando como "gravemente imprudente". Ela afirma que o capitão admitiu ter se aproximado demais da costa, mas que "não percebeu o tamanho do dano" causado pela batida e reafirma que demorou de 30 a 40 minutos para avisar às autoridades costeiras.
Montesachio revelou que o comandante disse ter abandonado a embarcação quando permaneciam a bordo "pelo menos mil pessoas" e que teve de sair do navio porque era "necessário". No entanto, a juíza disse que Schettino não tentou voltar às proximidades da embarcação após o abandono.
DEPOIMENTO
Em depoimento, Francesco Schettino alegou que era incapaz de continuar a retirada de passageiros por ter escorregado em um bote salva-vidas enquanto ajudava os passageiros a sair do navio.
"Os passageiros foram para o convés, tomando de assalto os salva-vidas. Eu não tinha sequer um colete, porque tinha dado o meu a um dos passageiros. Tentava levar as pessoas de uma forma ordenada, mas como o navio estava em um ângulo de 60-70º, eu tropecei e acabei em um dos barcos". Ele afirmou que não podia descer o barco, pois havia outros botes na água.
Schettino admitiu ter batido nas pedras próximas à ilha de Giglio e fez uma manobra para aterrar o fundo do Costa Concordia. Ele afirma que o desvio salvou muitas vidas.
"Eu estava navegando pela vista, porque eu sabia as profundezas bem e eu tinha feito essa manobra três ou quatro vezes. Mas desta vez eu pedi a volta muito tarde e acabei na água mais rasa. Não sei por que aconteceu. Eu era uma vítima dos meus instintos".
Schettino confirmou que ele navegava perto da ilha de Giglio para saudar um capitão aposentado, Mario Palombo, e estava no telefone com o amigo no momento. Ele também disse que não estava sob o efeito de drogas.
Por Folha