Justiça italiana determina prisão domiciliar do capitão do Costa Concordia
A juíza de instrução italiana Valeria Montesarchio determinou a prisão domiciliar para Francesco Schettino, o capitão do cruzeiro Costa Concordia que naufragou na sexta-feira (17) perto da ilha de Giglio (Itália). A decisão foi tomada após interrogatório nesta terça-feira (17), e o capitão está detido desde sábado.
A promotoria de Grosseto, que tinha solicitado a prisão preventiva para Schettino, acusa o capitão de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), abandono de navio e naufrágio, crimes que podem condená-lo a até 15 anos de prisão.
O navio Costa Concordia encalhou perto da ilha de Giglio e logo em seguida naufragou. Ao todo, mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo, entre passageiros e tripulantes. O naufrágio foi consequência, segundo afirmou na segunda-feira a companhia Costa Cruzeiros, dona da embarcação, de um "erro humano" do capitão que aproximou o navio até 150 metros do litoral da pequena ilha do mar Tirreno. Na manobra houve o impacto contra rochas.
Até o momento, o acidente deixou 11 mortos e 24 feridos. Cerca de 60 pessoas ainda estão desaparecidas, e as equipes de resgate trabalham no local - para entrar no navio naufragado, as equipes provocaram explosões controladas nesta manhã. O procedimento foi necessário para que mergulhadores e bombeiros pudessem avançar em áreas da embarcação onde o acesso estava prejudicado.
A promotoria de Grosseto, que tinha solicitado a prisão preventiva para Schettino, acusa o capitão de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), abandono de navio e naufrágio, crimes que podem condená-lo a até 15 anos de prisão.
O navio Costa Concordia encalhou perto da ilha de Giglio e logo em seguida naufragou. Ao todo, mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo, entre passageiros e tripulantes. O naufrágio foi consequência, segundo afirmou na segunda-feira a companhia Costa Cruzeiros, dona da embarcação, de um "erro humano" do capitão que aproximou o navio até 150 metros do litoral da pequena ilha do mar Tirreno. Na manobra houve o impacto contra rochas.
Até o momento, o acidente deixou 11 mortos e 24 feridos. Cerca de 60 pessoas ainda estão desaparecidas, e as equipes de resgate trabalham no local - para entrar no navio naufragado, as equipes provocaram explosões controladas nesta manhã. O procedimento foi necessário para que mergulhadores e bombeiros pudessem avançar em áreas da embarcação onde o acesso estava prejudicado.
Gravação mostra diálogo horas após o naufrágio
Nesta terça-feira, o comandante Francesco Schettino passou por interrogatório conturbado após denúncias de que ele teria abandonado o navio sem prestar socorro às vítimas. A imprensa italiana vazou uma gravação de telefone em que o capitão conversa com uma autoridade da Capitania dos Portos.
Na gravação, um oficial da Capitania dos Portos ordena que o capitão retorne ao navio e ajude no resgate às vítimas. O comandante tenta se esquivar e parece estar inventando desculpas para não voltar ao navio. Em determinado momento, o oficial se enfurece e grita: "Volte ao barco, c...!". A promotoria italiana ainda não confirma ou desmente a veracidade do telefonema.
Durante o interrogatório, Schettino negou que tenha se omitido no socorro às vítimas. "Ele declarou aos juízes que não abandonou o navio e que salvou milhares de vidas", disse Bruno Leporatti, advogado do capitão. O advogado, no entanto, se recusou a comentar a gravação.
Na gravação, um oficial da Capitania dos Portos ordena que o capitão retorne ao navio e ajude no resgate às vítimas. O comandante tenta se esquivar e parece estar inventando desculpas para não voltar ao navio. Em determinado momento, o oficial se enfurece e grita: "Volte ao barco, c...!". A promotoria italiana ainda não confirma ou desmente a veracidade do telefonema.
Durante o interrogatório, Schettino negou que tenha se omitido no socorro às vítimas. "Ele declarou aos juízes que não abandonou o navio e que salvou milhares de vidas", disse Bruno Leporatti, advogado do capitão. O advogado, no entanto, se recusou a comentar a gravação.
Por Época