Na Disney, Obama diz que EUA facilitarão emissão de vistos a brasileiros
Em discurso em frente ao castelo da Cinderela, na Walt Disney World, em Orlando, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que a emissão de vistos para turistas do Brasil e da China levará em média 40% menos tempo até o fim deste ano, e apresentou medidas para facilitar o processo --entre elas a possibilidade de isenção de entrevista em alguns casos.
Entre as novidades divulgadas pela Casa Branca para agilizar a concessão de vistos para brasileiros está a possibilidade de abolir a entrevista pessoal em um consulado. Quem precisa apenas renovar um visto vencido ou integrantes de determinados grupos que não apresentam "riscos" se encaixam na nova regra.
Devido às exigências de segurança do governo americano, no entanto, indivíduos identificados como de "alto risco" ainda estarão sujeitos a passarem por entrevista pessoal.
"Queremos mostrar ao mundo, especialmente às pessoas destes dois países com uma classe média em expansão, que a América está pronta para os negócios", disse Obama.
No caso da China, o governo americano estima que a isenção de entrevista para a renovação abrirá mais de 100 mil vagas de entrevistas para os turistas que tentam o visto pela primeira vez. Nos EUA, a expectativa é que esse incremento gere até 1.500 novos empregos.
No ano fiscal encerrado em outubro, foram concedidos 820 mil vistos a brasileiros, salto de 44% sobre 2010. Para a China, foi 1 milhão, alta de 33%. A meta anunciada para 2013 é mais do que duplicar esse total, chegando a 1,8 milhão no Brasil e 2,2 milhões na China.
ECONOMIA
A Associação de Viagem dos EUA estima que os atrasos no visto já custaram US$ 606 bilhões à economia americana e 467 mil empregos na última década. Segundo seus cálculos, a cada 35 turistas que visitam o país, uma vaga de trabalho é criada.
A ABCNews afirma que a Casa Branca espera criar 1,2 milhão de novos empregos com as novas medidas e acrescentar US$ 859 bilhões à economia dos EUA até 2020, apenas com os incentivos dados pelos gastos de cerca de US$ 140 bilhões dos turistas estrangeiros por ano.
Turistas dos países que integram o grupo dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- gastam uma média de US$ 6.000 por pessoa quando viajam aos EUA, segundo o site de notícias americano ABCNews.
DISCUSSÕES
Lobbies de turismo, negócios e varejo dos dois países pedem ao Congresso dos EUA e ao Departamento de Estado --que investe para reduzir a fila nos consulados-- que relaxem a lei da dispensa do visto e incluam o Brasil.
Hoje, duas leis tramitam pelo Senado dos EUA visando acelerar o processo para os brasileiros tirarem o visto, e os grupos de pressão veem aí chance de derrubar a exigência do documento.
O motivo está no bolso: em 2010, o total de visitantes brasileiros nos EUA saltou 34%, e seus gastos médios cresceram 30%. Mas a questão da isenção --que hoje beneficia 36 países-- vai além.
O próprio Itamaraty, conforme a Folha apurou em dezembro, tem preocupação com possíveis reveses decorrentes da dispensa, como um aumento de brasileiros barrados em aeroportos.
Entre as novidades divulgadas pela Casa Branca para agilizar a concessão de vistos para brasileiros está a possibilidade de abolir a entrevista pessoal em um consulado. Quem precisa apenas renovar um visto vencido ou integrantes de determinados grupos que não apresentam "riscos" se encaixam na nova regra.
Devido às exigências de segurança do governo americano, no entanto, indivíduos identificados como de "alto risco" ainda estarão sujeitos a passarem por entrevista pessoal.
"Queremos mostrar ao mundo, especialmente às pessoas destes dois países com uma classe média em expansão, que a América está pronta para os negócios", disse Obama.
No caso da China, o governo americano estima que a isenção de entrevista para a renovação abrirá mais de 100 mil vagas de entrevistas para os turistas que tentam o visto pela primeira vez. Nos EUA, a expectativa é que esse incremento gere até 1.500 novos empregos.
No ano fiscal encerrado em outubro, foram concedidos 820 mil vistos a brasileiros, salto de 44% sobre 2010. Para a China, foi 1 milhão, alta de 33%. A meta anunciada para 2013 é mais do que duplicar esse total, chegando a 1,8 milhão no Brasil e 2,2 milhões na China.
ECONOMIA
A Associação de Viagem dos EUA estima que os atrasos no visto já custaram US$ 606 bilhões à economia americana e 467 mil empregos na última década. Segundo seus cálculos, a cada 35 turistas que visitam o país, uma vaga de trabalho é criada.
A ABCNews afirma que a Casa Branca espera criar 1,2 milhão de novos empregos com as novas medidas e acrescentar US$ 859 bilhões à economia dos EUA até 2020, apenas com os incentivos dados pelos gastos de cerca de US$ 140 bilhões dos turistas estrangeiros por ano.
Turistas dos países que integram o grupo dos Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- gastam uma média de US$ 6.000 por pessoa quando viajam aos EUA, segundo o site de notícias americano ABCNews.
DISCUSSÕES
Lobbies de turismo, negócios e varejo dos dois países pedem ao Congresso dos EUA e ao Departamento de Estado --que investe para reduzir a fila nos consulados-- que relaxem a lei da dispensa do visto e incluam o Brasil.
Hoje, duas leis tramitam pelo Senado dos EUA visando acelerar o processo para os brasileiros tirarem o visto, e os grupos de pressão veem aí chance de derrubar a exigência do documento.
O motivo está no bolso: em 2010, o total de visitantes brasileiros nos EUA saltou 34%, e seus gastos médios cresceram 30%. Mas a questão da isenção --que hoje beneficia 36 países-- vai além.
O próprio Itamaraty, conforme a Folha apurou em dezembro, tem preocupação com possíveis reveses decorrentes da dispensa, como um aumento de brasileiros barrados em aeroportos.
Por Folha