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Gregos protestam contra novas medidas de austeridade

No momento em que a Grécia vota a lei de austeridade fiscal que estabelece o corte de 3,3 bilhões de euros (4,35 bilhões dólares) em pensões, remunerações e emprego, manisfestantes protestam na capital grega. Na tarde deste domingo (12), em Atenas, diante do Parlamento, cidadãos atiravam pedras e bombas caseiras contra os policiais, que respondiam com bombas de gás lacrimogêneo. De acordo com a polícia grega, há cerca de 100 mil manifestantes no local. Eles colocaram fogo em cinemas históricos, lojas e cafés.
Os manisfestantes não aceitam os cortes exigidos pelos credores internacionais de reduzir 22% no salário mínimo, flexibizar as leis trabalistas para facilitar a demissão de trabalhadores, além de redução de 15%  no pagamento de pensões. Os cortes são a contrapartida para um pacote de resgate de 130 bilhões de euros proposto  União Europeia e o Fundo Monetário Internacional -o segundo da Grécia desde 2010. A Grécia precisa do fundo de resgate para o pagamento da dívida de 14,5 bilhões de euros.
A discussão está sendo acompanhada de perto pela comunidade europeia. Uma eventual moratória grega coloca em risco a estabilidade financeira do continente e sua moeda comum, o euro.
Na noite deste sábado (11), o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, advertiu que não apoiar o projeto de lei significaria "colocar o país em uma aventura desastrosa". "O acordo garante o futuro de nosso país no euro", disse Papademos em mensagem à nação grega transmitida pela televisão, uma tentativa de acalmar o mal-estar social provocado pelas medidas de austeridade que serão votadas amanhã pelo Parlamento grego.
Com o discurso, Papademos buscou com suas palavras garantir o apoio dos deputados ao pacote de austeridade negociado com a "troika" integrada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por Época