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Homem que rasgou notas do Carnaval de São Paulo deixa a cadeia

O integrante da escola de samba Império de Casa Verde Tiago Ciro Tadeu Faria, 29, foi solto na tarde desta sexta-feira, após pagar fiança de R$ 12.400. Ele e Cauê Ferreira, 20, da Gaviões, foram presos após invadirem a área de apuração das notas do Carnaval de São Paulo, na terça-feira.
O integrante da Gaviões continuava preso até as 17h na penitenciária de Tremembé. Segundo o advogado da escola, Davi Gebara Neto, a fiança já foi paga e Cauê deve deixar a prisão ainda hoje.
Ontem, a polícia indiciou o diretor de Carnaval da escola de samba Camisa Verde e Branco, Alexandre Cabrino Salomão, o Teta, 43, por envolvimento no tumulto que interrompeu a apuração dos resultados dos desfiles.
Salomão é acusado de supressão de documentos particulares. Ele aparece em imagens da TV Globo rasgando e chutando papéis que estavam na mesa de apuração.
Josélia Alves, da Camisa, também prestou depoimento, mas não foi indiciada. Ela negou que tenha orientado a destruição das notas. À Folha, minutos após a invasão, na terça, ela disse: "Acabou o Carnaval, hoje encerra o Carnaval de São Paulo, não tem campeã".
Estão previstos para hoje os depoimentos do vice-presidente da Gaviões da Fiel, Wagner da Costa, e do presidente da Pérola Negra, Edilson Casal.
O advogado Adriano Salles Vanni, da escola Camisa Verde e Branco, disse que os integrantes da agremiação não cometeram crime.
"Foi o calor dos acontecimentos que causou tudo isso, pelo menos em relação ao pessoal da Camisa. Ninguém rasga voto nem dilapida patrimônio algum, isso ficará esclarecido", afirmou.
Questionado a respeito de imagens feitas pela TV Globo que mostram um dos integrantes jogando para cima e chutando papéis, ele respondeu: "São envelopes vazios. Não havia votos".

Por Folha