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Briga já era prevista e Mancha tinha carro de apoio, diz delegada

A briga entre as torcidas organizadas Mancha Alviverde e Gaviões da Fiel no último dia 25 foi premeditada, segundo afirmou a delegada Margarette Barreto, do Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), na tarde desta quarta-feira. Ela disse que a Mancha estava preparada.
"Não tem mocinho na história. Descobrimos que a Mancha estava com um carro de apoio para caso houvesse briga com os corintianos no domingo [25 de março]. O confronto era esperado por eles", disse Margarette Barreto em entrevista coletiva.
Na manhã desta quarta seis torcedores foram detidos por policiais civis do Decradi, três da Mancha Alviverde e três da Gaviões da Fiel. Eles foram encaminhados para ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), onde prestaram depoimento.
Os três membros da Mancha Alviverde são suspeitos de participar da morte do corintiano Douglas Silva, 27, em agosto de 2011 (o corpo foi encontrado no rio Tietê). Entre eles está Lucas Lezo, vice-presidente da organizada, e irmão de André Alvez Lezo, morto na briga entre as duas torcidas, e Tiago Lezo, preso na semana passada.
Douglas Deungaro, conhecido como Metaleiro, e ex-presidente da Gaviões da Fiel, também detido na manhã desta quarta, é suspeito de ter sido um dos idealizadores do confronto do último dia 25, na avenida Inajar de Souza, no bairro do Limão, horas antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras, no Pacaembu.
Os quatro vão ficar detidos temporariamente no 77º Distrito Policial do Santa Cecília. Já os outros dois membros da Gaviões foram liberados após prestar depoimento. As armas (porretes e barras de ferro) encontrados estavam sob a responsabilidade dos dois. A delegada informou que um pedido de prisão temporária será expedido.
Outros quatro mandados foram emitidos para membros da Gaviões da Fiel, que estão foragidos. Na semana passada cinco torcedores suspeitos de participarem da briga já tinham sido presos.
A delegada informou também que Lucas foi preso na residência em flagrante com porte de arma de fogo e munição. Na semana anterior, quando Tiago foi preso, os policias tinham encontrado munição, mas não arma.

Por Folha