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Resgate de corpos de vítimas do voo 447 terá reforço

A equipe que realiza o resgate dos corpos das vítimas do voo 447 da Air France, que caiu em 2009 no oceano Atlântico matando 228 pessoas, vai receber reforços nas próximas semanas.
A polícia francesa, encarregada de resgatar os corpos em cumprimento à determinação do juiz responsável pelo processo do acidente, indicou em comunicado que o navio Ile de Sein vai receber cerca de dez novos especialistas no próximo dia 20.
Atualmente, oito policiais franceses, entre eles peritos do Instituto de Pesquisa Criminal Militar (IRCGN), estão no navio. A equipe de reforço vai ajudar na análise dos corpos e restos pessoais recolhidos, inicialmente por duas semanas.
Os policiais já submeteram os corpos resgatados a testes para determinar se é possível sua identificação pela análise de DNA, mas os resultados não foram divulgados. Segundo a polícia francesa, é possível que exames não permitam a identificação, devido à deterioração.
Ontem (5), a polícia informou que o primeiro corpo foi içado à superfície após permanecer quase dois anos a uma profundidade de 3.900 metros. O segundo corpo foi resgatado na manhã desta sexta-feira.

RESGATE
 
Os restos mortais estão sendo levados a bordo do navio francês Ile de Sein, e serão transportados para Paris na próxima semana. A polícia francesa informou ontem que o corpo resgatado será encaminhado a um laboratório de análise a fim de determinar a possibilidade de realização do DNA.
"É difícil por que os corpos estão bem preservados no fundo do mar por conta da pressão e da temperatura, mas trazê-los para cima para águas mais quentes provoca a decomposição", afirmou um porta-voz da polícia francesa.
Na ocasião da tragédia, cerca de 50 corpos foram resgatados do oceano, sendo que 20 eram de brasileiros --12 homens e 8 mulheres.
As causas do acidente com o Airbus A330 podem ser esclarecidas após a análise das duas caixas-pretas recuperadas domingo (1º) e segunda-feira.
De acordo com o BEA (Birô de Investigações e Análises), órgão do governo francês responsável pela investigação do acidente, 68 pessoas estão a bordo do Ile de Sein. Entre eles estão nove operadores do robô submarino Remora 6000, técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.
O coronel Luís Cláudio Lupoli, da Força Aérea Brasileira, também está a bordo do navio. Ele é o representante brasileiro na comissão de investigação do acidente.
O primeiro mergulho do robô em busca dos destroços do voo, localizados no começo de abril, foi realizada no dia 26 e durou mais de 12 horas.

Por Folha