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Orca que matou treinadora do SeaWorld volta a show nesta quarta

A orca Tilikum --que matou sua treinadora no parque SeaWorld de Orlando em fevereiro do ano passado-- voltará a dar um show nesta quarta-feira, pouco mais de um ano depois do trágico incidente, segundo a imprensa local.
O presidente do SeaWorld, Jim Atchison, assinou a ordem para que a orca volte aos shows, e espera-se que Tilikum participe amanhã o espetáculo "Believe" ("Acredite") às 11h (12h de Brasília), informou o jornal "Orlando Sentinel" em sua edição eletrônica.
A apresentação de Tilikum será a primeira diante do público desde 24 de fevereiro de 2010, quando a orca virou notícia em todo o mundo pela morte da treinadora Dawn Brancheau, de 40 anos.
"Participar dos shows é apenas uma parte do dia de Tilikum, mas acreditamos que é um componente importante de seu enriquecimento físico, social e mental", disse anteriormente, em um comunicado, Kelly Flaherty Clark, encarregado do treinamento de animais no Seaworld.
Tilikum já esteve relacionada a outras duas mortes humanas: a de um treinador, em 1991, e a de um homem que caiu em seu tanque, em 1999.
Na morte de Brancheau, o comportamento da orca foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvar a treinadora --uma das mais experientes do Seaworld-- que ficou totalmente indefesa.
O incidente, testemunhado por várias pessoas do público que ainda não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado por câmeras de segurança, mas o parque se negou a divulgar as imagens por serem parte de investigações em andamento.
Os processos ainda estão em curso e a Agência Americana de Segurança no Trabalho impôs multas à companhia por colocar em risco seus trabalhadores.
O SeaWorld adotou uma série de novas medidas de segurança para seus treinadores nos parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas) após a morte de Brancheau.
A empresa garantiu que os treinadores "ficarão à distância e sem contato direto com Tilikum", e instalou uma vedação no tanque, além de novos sistemas de proteção para casos de emergência.

Por Folha