Brasil irá monitorar radiação em alimentos vindos do Japão
A partir da próxima segunda-feira, o Brasil irá monitorar os alimentos vindos do Japão. Nesta quinta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Agricultura informaram que o país irá exigir uma declaração das autoridades japonesas sobre a inexistência de radioatividade nos alimentos importados.
Amostras dos produtos serão recolhidas pela Anvisa e encaminhadas ao Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) ou ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O aumento no rigor com os alimentos provenientes do Japão afetará também os voos entre os países. Passageiros serão fiscalizados e deverão informar sobre as autoridades alfandegárias sobre a importação de produtos alimentícios.
Perigo relativo - O acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, reacendeu o medo de consumir produtos contaminados pela radiação. Em 1986, a explosão do reator de Chernobyl, na Ucrânia, então parte da União Soviética, contaminou parte da Europa e afetou indiretamente países em outros continentes. O Brasil importou de países como Alemanha, Holanda e França carne bovina e leite que, descobriu-se mais tarde, estavam contaminados com césio-137 e césio-134, potencialmente cancerígenos.
Em caso de um acidente nuclear, seja o vazamento ou explosão de um reator, são liberados na atmosfera alguns radioisótopos (substâncias que emitem radiação) produzidos na reação de fissão (divisão) nuclear do urânio-235, como o iodo-131, césio-137, césio-134 e o estrôncio-90. Foi o que aconteceu na Europa em 1986.
Desta vez, segundo especialistas, não há motivo para a preocupação de brasileiros. A primeira razão é que a substância que mais contamina os alimentos é o iodo-131, um radioisótopo de vida curta, cerca de apenas oito dias. “Se levarmos em consideração a cadeia produtiva desses alimentos, podemos imaginar que, entre a colheita, preparo e envio para o Brasil, mais de oito dias se passem. Ou seja, o risco de termos alimento contaminado com iodo-131 vindo do Japão é muito pequeno”, afirma José Marcus Godoy, professor do departamento de química da PUC-RJ e doutor em radioquímica.
Amostras dos produtos serão recolhidas pela Anvisa e encaminhadas ao Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) ou ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
O aumento no rigor com os alimentos provenientes do Japão afetará também os voos entre os países. Passageiros serão fiscalizados e deverão informar sobre as autoridades alfandegárias sobre a importação de produtos alimentícios.
Perigo relativo - O acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, reacendeu o medo de consumir produtos contaminados pela radiação. Em 1986, a explosão do reator de Chernobyl, na Ucrânia, então parte da União Soviética, contaminou parte da Europa e afetou indiretamente países em outros continentes. O Brasil importou de países como Alemanha, Holanda e França carne bovina e leite que, descobriu-se mais tarde, estavam contaminados com césio-137 e césio-134, potencialmente cancerígenos.
Em caso de um acidente nuclear, seja o vazamento ou explosão de um reator, são liberados na atmosfera alguns radioisótopos (substâncias que emitem radiação) produzidos na reação de fissão (divisão) nuclear do urânio-235, como o iodo-131, césio-137, césio-134 e o estrôncio-90. Foi o que aconteceu na Europa em 1986.
Desta vez, segundo especialistas, não há motivo para a preocupação de brasileiros. A primeira razão é que a substância que mais contamina os alimentos é o iodo-131, um radioisótopo de vida curta, cerca de apenas oito dias. “Se levarmos em consideração a cadeia produtiva desses alimentos, podemos imaginar que, entre a colheita, preparo e envio para o Brasil, mais de oito dias se passem. Ou seja, o risco de termos alimento contaminado com iodo-131 vindo do Japão é muito pequeno”, afirma José Marcus Godoy, professor do departamento de química da PUC-RJ e doutor em radioquímica.
Por Veja