Gaddafi rejeita condições de rebeldes para cessar-fogo
O governo do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, rejeitou nesta sexta-feira as condições impostas pelos rebeldes para um cessar-fogo, alegando que as tropas líbias não deixarão as cidades ocupadas, como exigido pela oposição.
"Eles estão nos pedindo para sair das nossas próprias cidades... Se isso não é loucura, não sei o que é. Não vamos deixar as nossas cidades", disse o porta-voz do governo, Mussa Ibrahim.
Os rebeldes na Líbia anunciaram também nesta sexta-feira que estavam prontos para respeitar uma trégua desde que as forças pró-Gaddafi suspendessem a ofensiva contra as cidades tomadas e se retirassem das que estão cercando.
"Não deixaremos nossas cidades. Somos nós o governo, não eles", insistiu Ibrahim, afirmando, no entanto, que o regime estava sempre pronto para a paz e o diálogo.
Segundo ele, as forças leais a Muammar Gaddafi respeitam a resolução imposta pela ONU.
Há cerca de uma semana, os rebeldes avançaram de Benghazi até as portas de Sirte "por quase 600 km sob a cobertura aérea da coalizão, enquanto que se nosso exército seguir por um quilômetro, denunciam o fato como um desastre e um crime", lamentou.
TENTATIVA DE TRÉGUA
O regime do ditador líbio tentava abrir um diálogo com as potências ocidentais para encerrar a batalha no país, em um sinal de que Trípoli não vê uma saída militar à guerra contra os rebeldes oposicionistas.
"Nós estamos tentando conversar com os britânicos, franceses e americanos para encerrar o assassinato do povo. Nós estamos tentando achar uma solução mútua", disse o ex-primeiro-ministro Abdul Ati al-Obeidi, ao Channel 4, citado pelo jornal britânico "Guardian".
A declaração seria confirmação dos relatos na imprensa de que Gaddafi tenta negociar com os britânicos.
O jornal afirmou na véspera que Mohammed Ismail, assessor de Saif al-Islam, filho de Gaddafi, esteve em Londres nos últimos dias para um dos muitos contatos que teriam acontecido entre a Líbia e o Ocidente nas últimas duas semanas.
Noman Benotman, líbio e analista sênior do grupo de pesquisa britânico Quilliam, citou fontes dizendo que Ismail propusera um cenário sob o qual os filhos de Gaddafi assumiriam o governo ou teriam um papel em uma nova administração, com seu pai saindo com a honra intacta.
Ismail teria recebido a resposta de que Gaddafi precisa renunciar.
Uma fonte do governo disse que Ismail visitava membros da família e aproveitou a oportunidade para mandar mensagens muito fortes sobre o regime de Gaddafi.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores britânico não quis comentar sobre a notícia. "Nós não vamos fornecer um comentário sobre nosso contanto com autoridades líbias. Em qualquer contato que nós tenhamos, deixamos claro que Gaddafi precisa sair."
DIPLOMACIA
A notícia dos esforços diplomáticos do governo Gaddafi vieram em meio à oferta dos rebeldes líbios por um cessar-fogo, com condições.
As ofertas seriam um reflexo do cada vez mais evidente impasse na batalha em terra na Líbia, em que rebeldes e as forças de Gaddafi intercalam avanços e tomada de cidades.
Mustafa Abdel Jalil, chefe do Conselho Nacional de Transição, no reduto rebelde de Benghazi, disse que o cessar-fogo é possível se as tropas de "mercenários" forem retiradas das ruas, Gaddafi recuar das cidades no oeste e permitir a liberdade de expressão do povo.
"Eles estão nos pedindo para sair das nossas próprias cidades... Se isso não é loucura, não sei o que é. Não vamos deixar as nossas cidades", disse o porta-voz do governo, Mussa Ibrahim.
Os rebeldes na Líbia anunciaram também nesta sexta-feira que estavam prontos para respeitar uma trégua desde que as forças pró-Gaddafi suspendessem a ofensiva contra as cidades tomadas e se retirassem das que estão cercando.
"Não deixaremos nossas cidades. Somos nós o governo, não eles", insistiu Ibrahim, afirmando, no entanto, que o regime estava sempre pronto para a paz e o diálogo.
Segundo ele, as forças leais a Muammar Gaddafi respeitam a resolução imposta pela ONU.
Há cerca de uma semana, os rebeldes avançaram de Benghazi até as portas de Sirte "por quase 600 km sob a cobertura aérea da coalizão, enquanto que se nosso exército seguir por um quilômetro, denunciam o fato como um desastre e um crime", lamentou.
TENTATIVA DE TRÉGUA
O regime do ditador líbio tentava abrir um diálogo com as potências ocidentais para encerrar a batalha no país, em um sinal de que Trípoli não vê uma saída militar à guerra contra os rebeldes oposicionistas.
"Nós estamos tentando conversar com os britânicos, franceses e americanos para encerrar o assassinato do povo. Nós estamos tentando achar uma solução mútua", disse o ex-primeiro-ministro Abdul Ati al-Obeidi, ao Channel 4, citado pelo jornal britânico "Guardian".
A declaração seria confirmação dos relatos na imprensa de que Gaddafi tenta negociar com os britânicos.
O jornal afirmou na véspera que Mohammed Ismail, assessor de Saif al-Islam, filho de Gaddafi, esteve em Londres nos últimos dias para um dos muitos contatos que teriam acontecido entre a Líbia e o Ocidente nas últimas duas semanas.
Noman Benotman, líbio e analista sênior do grupo de pesquisa britânico Quilliam, citou fontes dizendo que Ismail propusera um cenário sob o qual os filhos de Gaddafi assumiriam o governo ou teriam um papel em uma nova administração, com seu pai saindo com a honra intacta.
Ismail teria recebido a resposta de que Gaddafi precisa renunciar.
Uma fonte do governo disse que Ismail visitava membros da família e aproveitou a oportunidade para mandar mensagens muito fortes sobre o regime de Gaddafi.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores britânico não quis comentar sobre a notícia. "Nós não vamos fornecer um comentário sobre nosso contanto com autoridades líbias. Em qualquer contato que nós tenhamos, deixamos claro que Gaddafi precisa sair."
DIPLOMACIA
A notícia dos esforços diplomáticos do governo Gaddafi vieram em meio à oferta dos rebeldes líbios por um cessar-fogo, com condições.
As ofertas seriam um reflexo do cada vez mais evidente impasse na batalha em terra na Líbia, em que rebeldes e as forças de Gaddafi intercalam avanços e tomada de cidades.
Mustafa Abdel Jalil, chefe do Conselho Nacional de Transição, no reduto rebelde de Benghazi, disse que o cessar-fogo é possível se as tropas de "mercenários" forem retiradas das ruas, Gaddafi recuar das cidades no oeste e permitir a liberdade de expressão do povo.
Por Folha