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Japão equipara acidente nuclear de Fukushima a Chernobyl

O governo do Japão elevou para 7 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima, atingindo a nota máxima na escala Ines e equiparando a crise atual a Chernobyl, o maior desastre nuclear da história.
Desde o colapso do sistema de refrigeração dos reatores do complexo, motivado pelo terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março, a Agência de Segurança Nuclear japonesa insistiu em classificar a crise em Fukushima como grau 5, a despeito da observação de cientistas da comunidade internacional de que o acidente deveria ser elevado ao menos um ponto, dada a intensa liberação não apenas de fumaça, mas de material radioativo na atmosfera.
Quatro dias após o acidente, no dia 15 de março, a Comissão Europeia qualificou Fukushima como um "apocalipse", por considerar que as autoridades locais perderam o controle da situação na central nuclear. "Fala-se de apocalipse e acredito que é um termo particularmente bem escolhido", declarou o comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, ante uma comissão do Parlamento Europeu em Bruxelas. "Praticamente tudo está fora de controle", acrescentou o comissário.

Zona de segurança - O governo do Japão anunciou nesta segunda-feira que ampliará as áreas de evacuação em torno da usina nuclear de Fukushima no prazo de um mês em função da radioatividade que se detectar em diferentes localidades.
O porta-voz japonês, Yukio Edano, disse que os novos planos de evacuação serão aplicados a localidades como Iitate, a 40 quilômetros da central, ou ao povoado de Minami Soma, onde se mediram níveis de radioatividade superiores aos permitidos.
Até o momento, o governo mantém uma área de exclusão de 20 quilômetros em torno da usina nuclear e recomenda àqueles moradores que se encontrem entre 20 e 30 quilômetros da usina que permaneçam em suas casas ou deixem a região.

Por Veja