Reportagem da Veja sobre tráfico de influência de José Dirceu provoca reação
PSDB, DEM e PPS deverão chamar o empresário Fernando Cavendish para depor no Senado. Reportagem publicada na edição desta semana de VEJA mostra o empresário envolvido em caso de tráfico de influência junto ao governo através do ex-ministro José Dirceu. "Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo", diz Cavendish na reportagem, intitulada "O segredo do sucesso".
Uma das propostas da oposição é tentar interpelar judicialmente Fernando Cavendish. A medida depende, no entanto, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Acho que caberia até uma interpelação judicial do próprio Senado. Ele colocou todo o Senado sob suspeição, já que não diz o nome de ninguém", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "Ele é um irresponsável e ofensivo. Ele desvaloriza as pessoas honestas", completou o tucano.
"O problema é que ele é meio vago, apesar de ser afirmativo. Ele não faz acusação contra uma pessoa específica", disse o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO). Tanto tucanos quanto democratas observaram que estão "de mãos amarradas" diante da ampla maioria do governo no Senado. A oposição não tem votos para convidar o empresário Fernando Cavendish para depor, por exemplo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
"O DEM, o PSDB e o PPS vão analisar se há possibilidade de tomar alguma medida. O governo matou as CPIs e as comissões estão com ampla maioria governista", disse Demóstenes. Os engenheiros José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado, que acusam Dirceu de tráfico de influência, eram donos da Sigma Engenharia, empresa adquirida pela Delta Construções, de Cavendish, que contratou os serviços de JD Assessoria e Consultoria, de Dirceu.
Uma das propostas da oposição é tentar interpelar judicialmente Fernando Cavendish. A medida depende, no entanto, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Acho que caberia até uma interpelação judicial do próprio Senado. Ele colocou todo o Senado sob suspeição, já que não diz o nome de ninguém", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "Ele é um irresponsável e ofensivo. Ele desvaloriza as pessoas honestas", completou o tucano.
"O problema é que ele é meio vago, apesar de ser afirmativo. Ele não faz acusação contra uma pessoa específica", disse o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO). Tanto tucanos quanto democratas observaram que estão "de mãos amarradas" diante da ampla maioria do governo no Senado. A oposição não tem votos para convidar o empresário Fernando Cavendish para depor, por exemplo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
"O DEM, o PSDB e o PPS vão analisar se há possibilidade de tomar alguma medida. O governo matou as CPIs e as comissões estão com ampla maioria governista", disse Demóstenes. Os engenheiros José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado, que acusam Dirceu de tráfico de influência, eram donos da Sigma Engenharia, empresa adquirida pela Delta Construções, de Cavendish, que contratou os serviços de JD Assessoria e Consultoria, de Dirceu.
Por Veja