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Viúvas de Bin Laden não ajudam investigadores americanos

Três viúvas do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, cuja morte foi anunciada no dia 1º, foram interrogadas por agentes americanos, mas não passaram informações que pudessem ajudar a Inteligência dos EUA a entender o funcionamento da organização terrorista. Não há detalhes sobre onde e quando elas foram interrogadas pois a relação entre os governos dos EUA e do Paquistão ficou abalada depois da operação. Soma-se a isso a preocupação paquistanesa de parecer pró-EUA em um momento em que a população mostra cada vez mais rancor diante das ações americanas no país.
As mulheres estão detidas no Paquistão, onde Bin Laden foi capturado e morto por forças especiais dos Estados Unidos. Segundo as autoridades, as mulheres foram interrogadas juntas, embora os EUA pretendessem tomar depoimentos individuais. As viúvas tiveram um comportamento “abertamente hostil” em relação aos agentes que as interrogaram, de acordo com a rede de TV CNN. A mais velha das três foi a única a falar e não forneceu detalhes sobre a vida da família. Funcionários do governo do Paquistão acompanharam os interrogatórios.
Há três dias, o governo paquistanês informou que não recebeu pedidos de extradição por parte do Iêmen nem da Arábia Saudita – países de origem das viúvas de Bin Laden. Além das mulheres do líder, estavam na casa onde Bin Laden foi morto 13 filhos dele.
Segundo responsáveis pela área de segurança do Paquistão, a mais nova das três viúvas, a iemenita Amal Ahmed Abdulfattah, de 29 anos, que foi ferida a bala durante o ataque no último dia 1º, disse aos agentes paquistaneses que ela vivia no país com o marido e os filhos há cinco anos.
A presença de Bin Laden na cidade de Abbottabad, a 100 quilômetros de Islamabad, capital paquistanesa, fez as autoridades norte-americanas terem dúvidas sobre a participação do governo do Paquistão na proteção do líder. Na cidade onde morava Bin Laden viviam cerca de 10 mil militares.

Por Época