'Eu posso falar, mas hoje é dia do Brasil sem Miséria', diz Palocci
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou nesta quinta (2), após a cerimônia de lançamento do programa Brasil sem Miséria, que poderá se pronunciar sobre sua evolução patrimonial, mas não disse quando.
Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o patrimônio do ministro se multiplicou por 20 entre 2006 e 2010, período em que exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
"Eu posso falar, mas hoje é o dia do Brasil sem Miséria", afirmou o ministro ao ser indagado se iria se manifestar sobre o assunto. Em seguida, saiu, sem responder a outras perguntas
Desde o último dia 15, quando o jornal noticiou o caso, o ministro ainda não deu declarações públicas sobre o assunto. Integrantes do PT defendem que ele se manifeste. O ministro já enviou explicações solicitadas pela Procuradoria Geral da República, mas não revelou o conteúdo.
Após a solenidade do Brasil sem Miséria, Palocci deixou o salão por trás de um telão que mostrava detalhes do programa, logo depois que a presidente Dilma terminou o discurso.
Em defesa do ministro
Após a cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), saiu em defesa de Palocci. Campos argumentou que o ministro já prestou contas ao Ministério Público Federal (MPF) e que ainda tem condições de contribuir para o governo Dilma Rousseff.
“O Palocci prestou contas à Receita e ao Ministério Público. A palavra está com o Ministério Público e até agora não consta contra ele nenhum inquérito, nenhuma investigação, nenhum processo. Podemos a essa altura estar agindo com pré-julgamentos”, afirmou o governador.
Campos reconheceu, no entanto, que o ministro-chefe da Casa Civil precisa prestar se explicar também para a população. “[Palocci] deve esclarecimentos à sociedade, como ele tem buscado dar e deve dar tantos quantos sejam necessários. Mas não devemos permitir que a rinha política atrapalhe o Brasil nesse momento. O ministro Palocci é um homem que tem bom senso e colabora com esse país”, disse."
'Situação delicada'
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu, após o evento, que a situação de Palocci é "delicada" e gerou uma "crise".
"A crise para nós tem um peso, uma importância, mas é muito relativo. Para nós o importante é que está acontecendo este ato. Este ato que acontece agora só é a prova de que a ordem da presidente é que a gente continue trabalhando. As crises são importantes e a gente enfrenta com maturidade. Mas nós não perdemos nosso norte", afirmou.
Segundo Carvalho, Dilma recomendou a Palocci que se manifestasse publicamente sobre sua evolução patrimonial. "Ela [Dilma] não pediu para esperar passar essa crise. Ela falou com ele que era importante que ele falasse. Isso foi o que ela falou. Todos nós temos falado. Ele está aguardando o momento adequado."
De acordo com o ministro, as explicações de Palocci se darão "muito em breve". "É [delicada] mas ele continua firme. Ele está tendo um aspecto firme. Vamos continuar. Estamos ao lado dele. Ele vai fazer explicações públicas. Muito em breve ele vai fazer explicações públicas. Está tudo acertado. Ele vai falar muito brevemente", disse.
Convocação
A oposição conseguiu aprovar na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na manhã de quarta (1º) requerimento convocando o ministro para que vá ao Congresso explicar sua evolução patrimonial. A oposição ainda tenta reverter a convocação.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), determinou a suspensão até próxima terça-feira do resultado da votação da convocação.
Durante a votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Nesse momento, os integrantes da base governista não teriam levantado os braços e o presidente da comissão anunciou que o resultado tinha sido pela convocação. Os governistas alegam que não houve tempo para se manifestarem.
Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o patrimônio do ministro se multiplicou por 20 entre 2006 e 2010, período em que exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
"Eu posso falar, mas hoje é o dia do Brasil sem Miséria", afirmou o ministro ao ser indagado se iria se manifestar sobre o assunto. Em seguida, saiu, sem responder a outras perguntas
Desde o último dia 15, quando o jornal noticiou o caso, o ministro ainda não deu declarações públicas sobre o assunto. Integrantes do PT defendem que ele se manifeste. O ministro já enviou explicações solicitadas pela Procuradoria Geral da República, mas não revelou o conteúdo.
Após a solenidade do Brasil sem Miséria, Palocci deixou o salão por trás de um telão que mostrava detalhes do programa, logo depois que a presidente Dilma terminou o discurso.
Em defesa do ministro
Após a cerimônia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), saiu em defesa de Palocci. Campos argumentou que o ministro já prestou contas ao Ministério Público Federal (MPF) e que ainda tem condições de contribuir para o governo Dilma Rousseff.
“O Palocci prestou contas à Receita e ao Ministério Público. A palavra está com o Ministério Público e até agora não consta contra ele nenhum inquérito, nenhuma investigação, nenhum processo. Podemos a essa altura estar agindo com pré-julgamentos”, afirmou o governador.
Campos reconheceu, no entanto, que o ministro-chefe da Casa Civil precisa prestar se explicar também para a população. “[Palocci] deve esclarecimentos à sociedade, como ele tem buscado dar e deve dar tantos quantos sejam necessários. Mas não devemos permitir que a rinha política atrapalhe o Brasil nesse momento. O ministro Palocci é um homem que tem bom senso e colabora com esse país”, disse."
'Situação delicada'
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu, após o evento, que a situação de Palocci é "delicada" e gerou uma "crise".
"A crise para nós tem um peso, uma importância, mas é muito relativo. Para nós o importante é que está acontecendo este ato. Este ato que acontece agora só é a prova de que a ordem da presidente é que a gente continue trabalhando. As crises são importantes e a gente enfrenta com maturidade. Mas nós não perdemos nosso norte", afirmou.
Segundo Carvalho, Dilma recomendou a Palocci que se manifestasse publicamente sobre sua evolução patrimonial. "Ela [Dilma] não pediu para esperar passar essa crise. Ela falou com ele que era importante que ele falasse. Isso foi o que ela falou. Todos nós temos falado. Ele está aguardando o momento adequado."
De acordo com o ministro, as explicações de Palocci se darão "muito em breve". "É [delicada] mas ele continua firme. Ele está tendo um aspecto firme. Vamos continuar. Estamos ao lado dele. Ele vai fazer explicações públicas. Muito em breve ele vai fazer explicações públicas. Está tudo acertado. Ele vai falar muito brevemente", disse.
Convocação
A oposição conseguiu aprovar na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na manhã de quarta (1º) requerimento convocando o ministro para que vá ao Congresso explicar sua evolução patrimonial. A oposição ainda tenta reverter a convocação.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), determinou a suspensão até próxima terça-feira do resultado da votação da convocação.
Durante a votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Nesse momento, os integrantes da base governista não teriam levantado os braços e o presidente da comissão anunciou que o resultado tinha sido pela convocação. Os governistas alegam que não houve tempo para se manifestarem.
Por G1