Marcha das Vadias leva 300 pessoas para a Av. Paulista
Apesar de mais de 6.000 pessoas terem confirmado presença na página do Facebook, a Marcha das Vadias levou somente cerca de 300 pessoas para a praça do Ciclista, entre a av. Paulista com a rua da Consolação, na tarde deste sábado (4). As estimativas são da Polícia Militar.
A manifestação foi a versão brasileira do "Slut Walk", movimento mundial de protesto contra a violências às mulheres, que já foi realizado em várias cidades dos EUA, Canadá e Austrália. Hoje a marcha seria realizada também em Copenhague (Dinamarca), Amsterdã (Holanda) e Estocolmo (Suécia).
O evento foi criado após um representante da polícia do Canadá ter declarado que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupro.
As declarações causaram revolta e geraram um grande movimento organizado na internet, que começou no início de abril com o protesto de Toronto e já aconteceu até agora em mais de 20 cidades norte-americanas e australianas.
"Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade. As mulheres do mundo estão se unindo!", diz a apresentação do evento no site "Slut Walk Toronto".
Já no movimento de São Paulo, a organizadora do evento, Madô Lopez, diz em seu blog que já foi insultada pelas roupas que usava, em cantadas e gracinhas feitas por homens.
"Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais, bora pras ruas mulherada! Não é porque uso saia que sou puta!", escreve ela.
No site oficial da Slut Walk, a organização diz que historicamente o termo slut (puta, vagabunda ou vadia, em português) tem conotação negativa e se tornou ferramenta de acusação grave de caráter.
"Nós estamos cansadas de sermos oprimidas pela palavra 'vagabunda'; de sermos julgadas por nossa sexualidade e de nos sentirmos inseguras como resultado disso. Ter o controle das nossas vidas sexuais não significa que nós estamos abertas à violência e ao abuso, mesmo que façamos sexo por prazer ou trabalho. Ninguém deveria comparar gostar de sexo com atrair abuso sexual."
A manifestação também está marcada para acontecer em Belo Horizonte (MG) no dia 18, à partir das 13 horas, saindo da Praça da Rodoviária.
A manifestação foi a versão brasileira do "Slut Walk", movimento mundial de protesto contra a violências às mulheres, que já foi realizado em várias cidades dos EUA, Canadá e Austrália. Hoje a marcha seria realizada também em Copenhague (Dinamarca), Amsterdã (Holanda) e Estocolmo (Suécia).
O evento foi criado após um representante da polícia do Canadá ter declarado que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupro.
As declarações causaram revolta e geraram um grande movimento organizado na internet, que começou no início de abril com o protesto de Toronto e já aconteceu até agora em mais de 20 cidades norte-americanas e australianas.
"Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade. As mulheres do mundo estão se unindo!", diz a apresentação do evento no site "Slut Walk Toronto".
Já no movimento de São Paulo, a organizadora do evento, Madô Lopez, diz em seu blog que já foi insultada pelas roupas que usava, em cantadas e gracinhas feitas por homens.
"Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais, bora pras ruas mulherada! Não é porque uso saia que sou puta!", escreve ela.
No site oficial da Slut Walk, a organização diz que historicamente o termo slut (puta, vagabunda ou vadia, em português) tem conotação negativa e se tornou ferramenta de acusação grave de caráter.
"Nós estamos cansadas de sermos oprimidas pela palavra 'vagabunda'; de sermos julgadas por nossa sexualidade e de nos sentirmos inseguras como resultado disso. Ter o controle das nossas vidas sexuais não significa que nós estamos abertas à violência e ao abuso, mesmo que façamos sexo por prazer ou trabalho. Ninguém deveria comparar gostar de sexo com atrair abuso sexual."
A manifestação também está marcada para acontecer em Belo Horizonte (MG) no dia 18, à partir das 13 horas, saindo da Praça da Rodoviária.
Por Folha