Palocci fala, mas não revela clientes nem melhora crise
BRASÍLIA e RIO - Em entrevista ao Jornal Nacional na noite desta sexta-feira, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, disse que todas as atividades de sua empresa, a Projeto, foram feitas de forma transparente, mas se recusou a falar de valores, argumentando que não era de interesse público. Palocci afirmou também que sua empresa jamais atuou junto a órgão público ou sequer representando empresas privadas nos órgãos públicos. O governo já encomendou pesquisa para avaliar a repercussão da entrevista, informa Noblat pelo Twitter.
- Nunca prestei consultoria nestes casos. Em nenhum momento eu participava de um empreendimento que houvesse órgão público com órgão privado. O que eu fazia era consultoria para órgãos privados. Tenho perfeita clareza do que a lei permite ou não permite - garantiu o ministro.
- Todas as informações tributárias já estão nos órgãos de controle. E todas as demais informações serão prestadas à Procuradoria Geral da República. Portanto, toda a vida da minha empresa estará disponível para os órgãos de controle.
Segundo o ministro, o alto faturamento da empresa em 2010 foi devido ao encerramento de contratos no mesmo ano para quitar o trabalho da empresa.
Ao ser pressionado pelo repórter para falar sobre os valores de faturamento, o ministro disse.
- Se você me permitir, eu respeito todas as suas perguntas. Respeite o direito de eu não falar em valores.
O ministro ressaltou, porém, que o faturamento não tem relação com política ou eleição.
- Não tem nenhum centavo que se refere à política e a campanha eleitoral.
Palocci comprou, por meio de sua empresa de consultoria, a Projeto, um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. Somente em 2010, ano em que era um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff, a empresa do então deputado teria fatrado R$ 20 milhões. Boa parte da movimentação financeira teria ocorrido no fim do ano passado, com o fim da eleição.
O ministro foi cobrado tanto pela base aliada no Congresso Nacional quanto pelo PT a se pronunciar sobre a evolução do seu patrimônio. A própria presidente Dilma Roussef pediu para que ele fosse apúblico para dar explicações.
No Jornal Nacional, o ministro informou ainda que muitas pessoas pedem para que ele divulgue a lista de clientes, mas que na semana passada, quando uma empresa admitiu que tinha feito negócios com a Projeto, deputados da oposição foram imediatamente apresentar acusação grave contra esta empresa, que teria conseguido restituição de impostos em tempo recorde.
- Isso não ocorreu - disse o ministro. A decisão da justiça foi que a Receita Federal tomasse a decisão e a empresa teve de receber a restituição em 44 dias. A solicitação havia sido feita há quase dois anos, portanto não se pode falar em tempo recorde - declarou.
Quanto ao fato de revelar os nomes das empresas, Palocci disse não ter o direito de expor terceiros.
- Eu não posso expor contratos que tinha com empresas privadas renomadas nas suas áreas em nome de conflito político. Não tenho este direito.
Ministro diz que não há crise no governo
- Nunca prestei consultoria nestes casos. Em nenhum momento eu participava de um empreendimento que houvesse órgão público com órgão privado. O que eu fazia era consultoria para órgãos privados. Tenho perfeita clareza do que a lei permite ou não permite - garantiu o ministro.
- Todas as informações tributárias já estão nos órgãos de controle. E todas as demais informações serão prestadas à Procuradoria Geral da República. Portanto, toda a vida da minha empresa estará disponível para os órgãos de controle.
Segundo o ministro, o alto faturamento da empresa em 2010 foi devido ao encerramento de contratos no mesmo ano para quitar o trabalho da empresa.
Ao ser pressionado pelo repórter para falar sobre os valores de faturamento, o ministro disse.
- Se você me permitir, eu respeito todas as suas perguntas. Respeite o direito de eu não falar em valores.
O ministro ressaltou, porém, que o faturamento não tem relação com política ou eleição.
- Não tem nenhum centavo que se refere à política e a campanha eleitoral.
Palocci comprou, por meio de sua empresa de consultoria, a Projeto, um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. Somente em 2010, ano em que era um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff, a empresa do então deputado teria fatrado R$ 20 milhões. Boa parte da movimentação financeira teria ocorrido no fim do ano passado, com o fim da eleição.
O ministro foi cobrado tanto pela base aliada no Congresso Nacional quanto pelo PT a se pronunciar sobre a evolução do seu patrimônio. A própria presidente Dilma Roussef pediu para que ele fosse apúblico para dar explicações.
No Jornal Nacional, o ministro informou ainda que muitas pessoas pedem para que ele divulgue a lista de clientes, mas que na semana passada, quando uma empresa admitiu que tinha feito negócios com a Projeto, deputados da oposição foram imediatamente apresentar acusação grave contra esta empresa, que teria conseguido restituição de impostos em tempo recorde.
- Isso não ocorreu - disse o ministro. A decisão da justiça foi que a Receita Federal tomasse a decisão e a empresa teve de receber a restituição em 44 dias. A solicitação havia sido feita há quase dois anos, portanto não se pode falar em tempo recorde - declarou.
Quanto ao fato de revelar os nomes das empresas, Palocci disse não ter o direito de expor terceiros.
- Eu não posso expor contratos que tinha com empresas privadas renomadas nas suas áreas em nome de conflito político. Não tenho este direito.
Ministro diz que não há crise no governo
O ministro negou ainda que haja crise no governo.
- Não há uma crise no governo, há uma questão em relação à minha pessoa, eu prefiro encarar assim e assumir plenamente a responsabilidade que eu tenho nesse momento de prestar as informações aos órgãos competentes e dar as minhas explicações. Isso é uma coisa que cabe a mim. Não há crise no país, não há crise no governo.
Seundo ele, o caso não tem interferido no dia-a-dia do governo de Dilma Rousseff.
- O governo toca sua vida, trabalha intensamente - disse o ministro, completando : - É uma questão dirigida à minha pessoa, com forte intensidade, com forte conteúdo político.
A presidente Dilma solicitou que Palocci viesse à público para dar explicações sobre sua evolução patrimonial. O Planalto reconhece que a situação do ministro é delicada.
- Não há uma crise no governo, há uma questão em relação à minha pessoa, eu prefiro encarar assim e assumir plenamente a responsabilidade que eu tenho nesse momento de prestar as informações aos órgãos competentes e dar as minhas explicações. Isso é uma coisa que cabe a mim. Não há crise no país, não há crise no governo.
Seundo ele, o caso não tem interferido no dia-a-dia do governo de Dilma Rousseff.
- O governo toca sua vida, trabalha intensamente - disse o ministro, completando : - É uma questão dirigida à minha pessoa, com forte intensidade, com forte conteúdo político.
A presidente Dilma solicitou que Palocci viesse à público para dar explicações sobre sua evolução patrimonial. O Planalto reconhece que a situação do ministro é delicada.