Temer diz que Palocci teve 'lealdade profissional' com seus clientes
O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu neste sábado a permanência do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) no governo e afirmou que ele teve "lealdade profissional" com seus clientes.
"As suspeitas do passado, ele respondeu ontem. Acho que ele foi muito convincente e teve muita lealdade profissional com seus clientes", afirmou Temer durante evento de filiação de Gabriel Chalita ao PMDB, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Como a Folha revelou em 15 de maio, Palocci multiplicou seu patrimônio por 20 nos últimos quatro anos, usando os rendimentos de sua empresa de consultoria, a Projeto, para comprar um apartamento de luxo e um escritório em São Paulo. Em entrevista à Folha e ao "JN", Palocci deu explicações sobre o assunto, mas optou por manter a confidencialidade de seus clientes.
O vice negou que o escândalo envolvendo Palocci esteja causando paralisia no governo. "Não há paralisia, o governo continua trabalhando." Temer ainda elogiou a "capacidade administrativa extraordinária" do ministro e afirmou ser favorável a ele. "Não tenho nenhuma objeção à permanência de Palocci, mas a decisão é da presidente Dilma."
Sobre a reportagem da revista "Veja" revelando que Palocci aluga há quatro anos um apartamento de 640 metros quadrados que pertence a uma empresa de fechada, a Lion Franquia e Participações, Temer disse não ter lido sobre o assunto, mas afirmou que Palocci deve se explicar sobre esse tema também.
O imóvel, na zona sul de São Paulo, está avaliado em R$ 4 milhões. A empresa pertence a Dayvini Costa Nunes, 23, e Filipe Garcia dos Santos, 17. Dayvini mora na periferia de Mauá, no ABC paulista. Em entrevista à revista, Dayvini se diz "laranja". Em nota divulgada hoje, a Casa Civil informou que o "ministro, assim como qualquer outro locatário, não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador".
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também esteve presente no evento de hoje, as declarações de Palocci foram importantes. "Ficou claro que não houve tráfico de influência. Os fatos ocorreram no ano passado quando ele não era do governo. Não houve informações privilegiadas do governo que orientaram seu trabalho, portanto, como ele disse, o problema da empresa do Palocci é problema da empresa do Palocci e não do governo."
Vaccarezza, no entanto, evitou dar sua opinião sobre a permanência do ministro no governo. "Não cabe a mim falar sobre ministros, estaria invadindo minha competência. Esse assunto só cabe à presidente Dilma."
O líder disse ainda não ter sido cotado para a vaga. "Não fui sondado, ninguém falou sobre isso comigo, me sinto até desconfortado com isso."
O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), por sua vez, afirmou que as declarações de Palocci deveriam ter ocorrido há "10, 15 dias". "Se especulou no silêncio desse período. A oposição, na falta de bandeiras mais expressivas, se apegou nisso." Alves disse ainda que dá a Palocci o crédito de "boa fé e confiança".
Chalita também saiu em defesa do ministro. "Ele é um grande gestor, muito respeitado. Eu torço para que esse governo dê certo, que o Brasil continue crescendo."
"As suspeitas do passado, ele respondeu ontem. Acho que ele foi muito convincente e teve muita lealdade profissional com seus clientes", afirmou Temer durante evento de filiação de Gabriel Chalita ao PMDB, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Como a Folha revelou em 15 de maio, Palocci multiplicou seu patrimônio por 20 nos últimos quatro anos, usando os rendimentos de sua empresa de consultoria, a Projeto, para comprar um apartamento de luxo e um escritório em São Paulo. Em entrevista à Folha e ao "JN", Palocci deu explicações sobre o assunto, mas optou por manter a confidencialidade de seus clientes.
O vice negou que o escândalo envolvendo Palocci esteja causando paralisia no governo. "Não há paralisia, o governo continua trabalhando." Temer ainda elogiou a "capacidade administrativa extraordinária" do ministro e afirmou ser favorável a ele. "Não tenho nenhuma objeção à permanência de Palocci, mas a decisão é da presidente Dilma."
Sobre a reportagem da revista "Veja" revelando que Palocci aluga há quatro anos um apartamento de 640 metros quadrados que pertence a uma empresa de fechada, a Lion Franquia e Participações, Temer disse não ter lido sobre o assunto, mas afirmou que Palocci deve se explicar sobre esse tema também.
O imóvel, na zona sul de São Paulo, está avaliado em R$ 4 milhões. A empresa pertence a Dayvini Costa Nunes, 23, e Filipe Garcia dos Santos, 17. Dayvini mora na periferia de Mauá, no ABC paulista. Em entrevista à revista, Dayvini se diz "laranja". Em nota divulgada hoje, a Casa Civil informou que o "ministro, assim como qualquer outro locatário, não pode ser responsabilizado por atos ou antecedentes do seu locador".
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também esteve presente no evento de hoje, as declarações de Palocci foram importantes. "Ficou claro que não houve tráfico de influência. Os fatos ocorreram no ano passado quando ele não era do governo. Não houve informações privilegiadas do governo que orientaram seu trabalho, portanto, como ele disse, o problema da empresa do Palocci é problema da empresa do Palocci e não do governo."
Vaccarezza, no entanto, evitou dar sua opinião sobre a permanência do ministro no governo. "Não cabe a mim falar sobre ministros, estaria invadindo minha competência. Esse assunto só cabe à presidente Dilma."
O líder disse ainda não ter sido cotado para a vaga. "Não fui sondado, ninguém falou sobre isso comigo, me sinto até desconfortado com isso."
O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), por sua vez, afirmou que as declarações de Palocci deveriam ter ocorrido há "10, 15 dias". "Se especulou no silêncio desse período. A oposição, na falta de bandeiras mais expressivas, se apegou nisso." Alves disse ainda que dá a Palocci o crédito de "boa fé e confiança".
Chalita também saiu em defesa do ministro. "Ele é um grande gestor, muito respeitado. Eu torço para que esse governo dê certo, que o Brasil continue crescendo."
Por Folha