Dilma analisa demissão do ministro dos Transportes
Em conversas com auxiliares, Dilma Rousseff analisou no fim de semana a hipótese de afastar Alfredo Nascimento do cargo de ministro dos Transportes.
A presidente cogitou demitir Nascimento no sábado (30), dia em que vieram à luz as suspeitas de cobrança de propina em troca de obras rodoviárias e ferroviárias.
Chegou-se inclusive a analisar os nomes de eventuais substitutos. Entre eles o de Paulo Passos, atual secretário-executivo do Ministério dos Transportes.
Dilma levou o pé ao freio por receio de abrir uma crise com o PR, partido presidido por Nascimento. Optou por afastar quatro subordinados do ministro.
No Senado, o PR ocupa cinco cadeiras. Subiria para seis caso Nascimento, senador licenciado, fosse demitido. O suplente do ministro é João Pedro (PT-AM).
Na Câmara, o PR dispõe de 40 votos. E lidera um bloco integrado por outras sete legendas (PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC e PSL). Ao todo, 64 deputados.
Nascimento teria um despacho de rotina com Dilma nesta terça (5). As denúncias veiculadas por ‘Veja’ levaram a presidente a antecipar o encontro.
Embora o nome de Nascimento não conste da agenda oficial de Dilma, o ministro foi convocado a comparecer ao Planalto nesta segunda (4).
Um dos auxiliares de Dilma que participaram dos diálogos travados nas últimas 48 horas definiu a permanência de Nascimento como “uma questão em aberto”.
Tomada pelas palavras ditas em privado, a presidente não parece ter dúvidas quanto à ocorrência de irregularidades na pasta dos Transportes.
Do mesmo modo que hesita em afastar Nascimento, não deseja comprometer-se com a manutenção dele no cargo a qualquer custo.
De resto, Dilma disse ter decidido que os quatro servidores afastados de suas funções em caráter “temporário” não retornarão aos postos.
Surpreso, o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, disse ao seu padrinho político, o senador Blairo Maggi (PR-MT) que não aceitará passivamente o afastamento.
Além de Pagot, foram desligados da tomada dois auxiliares diretos de Nascimento: Mauro Barbosa da Silva e Luís Tito Bonvini.
O quarto afastado chama-se José Francisco das Neves. Presidia a Valec, estatal que cuida das ferrovias.
José Francisco é apadrinhado do deputado Valdemar Costa Neto (SP), réu no processo do mensalão e secretário-geral do PR.
A oposição planeja aproveitar-se da sobrevivência de Alfredo Nascimento na Esplanada para fustigar o governo no Congresso.
O PSDB trama a convocação do ministro para prestar esclarecimentos no Senado. Prepara também uma representação a ser protocolada no Ministério Público.
De resto, o tucanato tentará ressuscitar no Senado um pedido de CPI que apresentara no ano passado, para investigar a gestão de Pagot no Dnit.
A presidente cogitou demitir Nascimento no sábado (30), dia em que vieram à luz as suspeitas de cobrança de propina em troca de obras rodoviárias e ferroviárias.
Chegou-se inclusive a analisar os nomes de eventuais substitutos. Entre eles o de Paulo Passos, atual secretário-executivo do Ministério dos Transportes.
Dilma levou o pé ao freio por receio de abrir uma crise com o PR, partido presidido por Nascimento. Optou por afastar quatro subordinados do ministro.
No Senado, o PR ocupa cinco cadeiras. Subiria para seis caso Nascimento, senador licenciado, fosse demitido. O suplente do ministro é João Pedro (PT-AM).
Na Câmara, o PR dispõe de 40 votos. E lidera um bloco integrado por outras sete legendas (PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC e PSL). Ao todo, 64 deputados.
Nascimento teria um despacho de rotina com Dilma nesta terça (5). As denúncias veiculadas por ‘Veja’ levaram a presidente a antecipar o encontro.
Embora o nome de Nascimento não conste da agenda oficial de Dilma, o ministro foi convocado a comparecer ao Planalto nesta segunda (4).
Um dos auxiliares de Dilma que participaram dos diálogos travados nas últimas 48 horas definiu a permanência de Nascimento como “uma questão em aberto”.
Tomada pelas palavras ditas em privado, a presidente não parece ter dúvidas quanto à ocorrência de irregularidades na pasta dos Transportes.
Do mesmo modo que hesita em afastar Nascimento, não deseja comprometer-se com a manutenção dele no cargo a qualquer custo.
De resto, Dilma disse ter decidido que os quatro servidores afastados de suas funções em caráter “temporário” não retornarão aos postos.
Surpreso, o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, disse ao seu padrinho político, o senador Blairo Maggi (PR-MT) que não aceitará passivamente o afastamento.
Além de Pagot, foram desligados da tomada dois auxiliares diretos de Nascimento: Mauro Barbosa da Silva e Luís Tito Bonvini.
O quarto afastado chama-se José Francisco das Neves. Presidia a Valec, estatal que cuida das ferrovias.
José Francisco é apadrinhado do deputado Valdemar Costa Neto (SP), réu no processo do mensalão e secretário-geral do PR.
A oposição planeja aproveitar-se da sobrevivência de Alfredo Nascimento na Esplanada para fustigar o governo no Congresso.
O PSDB trama a convocação do ministro para prestar esclarecimentos no Senado. Prepara também uma representação a ser protocolada no Ministério Público.
De resto, o tucanato tentará ressuscitar no Senado um pedido de CPI que apresentara no ano passado, para investigar a gestão de Pagot no Dnit.
Por Josias de Souza, da Folha