Vice de Dilma diz que há 'zero de estremecimento' com a base aliada
O vice-presidente Michel Temer afirmou na noite desta quinta-feira, em evento no Rio, que há "zero de estremecimento" na base aliada com a saída de Wagner Rossi do Ministério da Agricultura.
"A vida continua", disse o vice-presidente, lembrando que a presidente Dilma Rousseff o pediu para indicar um substituto de Rossi depois de ele ouvir a bancada do PMDB.
O vice-presidente contou que Dilma "insistiu muito" para que Rossi não deixasse o cargo, mas ele preferiu sair por "razões familiares".
O vice-presidente também rejeitou que esteja havendo uma faxina no governo, com as saídas de Rossi e de Alfredo Nascimento (Transporte), Nelson Jobim (Defesa) e Antonio Palocci (Casa Civil), além de funcionários de segundo escalão da Agricultura e dos Transportes suspeitos de corrupção.
"As pessoas não estão sendo afastadas, a grande maioria pede demissão", justificou Temer, citando os casos de Nascimento e Rossi.
"A palavra (faxina) é equivocada", afirmou o vice-presidente. "O vocábulo tem uma grande significação em termos de significação popular, mas não é este o objetivo do governo. O objetivo do governo é melhorar para governar bem".
"A base aliada continua aliada", disse o vice-presidente na Academia Brasileira de Filosofia, onde recebeu ontem o título de doutor honoris causa.
Por Folha