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Wagner Rossi diz que pedido de 'propina' de R$ 2 mi fere lógica

O ministro Wagner Rossi (Agricultura) divulgou nota na manhã deste sábado para rebater uma série de acusações divulgadas em reportagem da revista "Veja".
Em um dos casos, segundo a revista, o ministro foi acusado de pedir um pagamento de R$ 2 milhões em uma licitação para contratar um serviço de comunicação.
Em 8 de dezembro do ano passado, em uma reunião da Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura, um dos representantes das empresas concorrentes disse que já estava acertado um "pagamento de R$ 2 milhões ao oitavo andar", diz o texto.
Na nota, o ministro afirma que a informação fere a lógica e o bom-senso. "Pior. É lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade. Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora, é destacado pela revista", diz. A previsão orçamentária para a licitação era de R$ 2,9 milhões.
De acordo com o ministro, a licitação foi anulada porque o presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, não informou que um dos concorrentes, que havia sido inabilitado, entrou com um recurso.
"Esclareço que não procede a informação de que houve concentração de contatos com representantes de empresas prestadoras de serviços na chefia de gabinete do ministro e, depois, na Secretaria Executiva, como questiona a revista", diz.
Na longa nota, Rossi também rebate acusações da revista sobre a sua evolução patrimonial.
"Minha família desfruta de situação econômica confortável, fruto do trabalho de gerações, que constituíram um patrimônio considerável. Pessoalmente, trabalhei durante os últimos 50 anos em diferentes empregos e empreendimentos."
A reportagem traz ainda acusações contra o ministro quando presidia a Codesp (Companhia Docas de São Paulo), de 1999 a 2000.
De acordo com a revista, Rossi descobriu que empresas contratadas pelo Porto de Santos deviam R$ 126 milhões à Previdência. Em vez de exigir que acertassem as contas, ele decidiu pagar a dívida.
Em sua resposta, o ministro diz que a questão foi alvo de processo judicial arquivado.

Por Folha