Abbas diz que só negociará caso colonização pare; Israel responde
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, reafirmou neste domingo que não haverá negociações com Israel se a colonização israelense nos territórios palestinos não parar por completo.
"Não haverá negociações sem a legitimação internacional e sem uma parada completa da colonização", afirmou Abbas diante de milhares de partidários em Ramallah, na Cisjordânia, em sua volta de Nova York, onde, na sexta, apresentou um pedido histórico de adesão de um Estado palestino à ONU.
Em sua volta aos territórios, Abbas foi ovacionado pela multidão que o esperava.
Já o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou hoje que o líder palestino deveria concordar com negociações sem condições prévias, a fim de alcançar um acordo de paz no Oriente Médio.
Em declarações a um canal TV depois do pedido do Quarteto para a Paz (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para a retomada de negociações diretas, Netanyahu afirmou que seu conselho a Abbas é que "se quiser alcançar a paz, coloque de lado todas as condições prévias".
Mais cedo, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, afirmou ser favorável à adoção do plano de paz do Quarteto para conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de 2012.
"Acho que é preciso aceitar a proposta do Quarteto porque inclui um ponto muito positivo: a abertura de negociações sem condições prévias" afirmou Lieberman, entrevistado em Nova York pela rádio estatal israelense.
Apesar de admitir ter reservas quanto a esse plano, o chanceler explicou que seu país deve favores aos Estados Unidos.
"Os americanos mobilizaram grandes esforços no Quarteto para alcançar esta proposta e nos apoiaram tanto na crise de nossa embaixada no Cairo como no discurso do presidente Barack Obama na ONU", afirmou ainda.
APOIO
Os palestinos têm nove promessas de apoio no Conselho de Segurança da ONU para o pedido de ingresso da Palestina como Estado pleno no organismo, o que obrigaria aos Estados Unidos a exercer seu veto para impedir a aprovação.
A afirmação foi feita hoje por Nabil Shaath, um dos principais dirigentes palestinos e membros do Fatah, à emissora de rádio "Voice of Palestine", informou a agência oficial Wafa.
Shaath, que não detalhou os países que apoiariam a demanda palestina, pediu a Washington que ignore o grupo de pressão pró-israelense em seu país e defenda seus interesses no Oriente Médio com um sim ou uma abstenção na votação, cuja data ainda não está fixada.
Na sexta-feira, Mustafa Barghouti, porta-voz da candidatura palestina à ONU, ressaltou a importância da apresentação do pedido diretamente ao Conselho de Segurança, em vez da Assembleia Geral, para "deixar exposto aos Estados Unidos" e mostrar ao mundo sua "verdadeira face".
Os Estados Unidos --assim como Rússia, França, China e Reino Unido-- têm direito a veto no Conselho de Segurança, formado por 15 países, mas não na Assembleia Geral, que reúne os 193 países-membros.
Os Estados Unidos só serão obrigados a exercer seu direito ao veto, se ao menos nove dos 15 membros do Conselho de Segurança apoiarem o pedido de ingresso palestino.
PRAZO
Os palestinos disseram que querem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas decida sobre seu pedido de reconhecimento como Estado pleno dentro de duas semanas, disse ontem uma autoridade da Fatah, do presidente Mahmoud Abbas. Se aceito, a Palestina seria o 194º Estado-membro da organização.
Após meses de negociação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, apresentou na sexta-feira o pedido para a ONU.
"Os palestinos esperarão duas semanas para que o Conselho de Segurança analise o pedido de reconhecimento," teria declarado Azzam al-Ahmad à agência de notícias independente Maan, em inglês.
O embaixador do Líbano na ONU disse que o Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira para discutir a solicitação depois que Abbas a apresentou a Ban Ki-moon, secretário-geral do organismo, na sexta-feira.
"Circulei a carta (pedido palestino) entre todos os membros do Conselho e pedi consultas à luz desta carta na segunda-feira às 16h (horário de Brasília)," afirmou o embaixador Nawaf Salam a jornalistas.
Ahman não detalhou que ação os palestinos tomarão se o Conselho de Segurança rejeitar o pedido, cenário provável levando em conta que os Estados Unidos já avisaram que vetarão a solicitação.
"Não haverá negociações sem a legitimação internacional e sem uma parada completa da colonização", afirmou Abbas diante de milhares de partidários em Ramallah, na Cisjordânia, em sua volta de Nova York, onde, na sexta, apresentou um pedido histórico de adesão de um Estado palestino à ONU.
Em sua volta aos territórios, Abbas foi ovacionado pela multidão que o esperava.
Já o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou hoje que o líder palestino deveria concordar com negociações sem condições prévias, a fim de alcançar um acordo de paz no Oriente Médio.
Em declarações a um canal TV depois do pedido do Quarteto para a Paz (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para a retomada de negociações diretas, Netanyahu afirmou que seu conselho a Abbas é que "se quiser alcançar a paz, coloque de lado todas as condições prévias".
Mais cedo, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, afirmou ser favorável à adoção do plano de paz do Quarteto para conseguir um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de 2012.
"Acho que é preciso aceitar a proposta do Quarteto porque inclui um ponto muito positivo: a abertura de negociações sem condições prévias" afirmou Lieberman, entrevistado em Nova York pela rádio estatal israelense.
Apesar de admitir ter reservas quanto a esse plano, o chanceler explicou que seu país deve favores aos Estados Unidos.
"Os americanos mobilizaram grandes esforços no Quarteto para alcançar esta proposta e nos apoiaram tanto na crise de nossa embaixada no Cairo como no discurso do presidente Barack Obama na ONU", afirmou ainda.
APOIO
Os palestinos têm nove promessas de apoio no Conselho de Segurança da ONU para o pedido de ingresso da Palestina como Estado pleno no organismo, o que obrigaria aos Estados Unidos a exercer seu veto para impedir a aprovação.
A afirmação foi feita hoje por Nabil Shaath, um dos principais dirigentes palestinos e membros do Fatah, à emissora de rádio "Voice of Palestine", informou a agência oficial Wafa.
Shaath, que não detalhou os países que apoiariam a demanda palestina, pediu a Washington que ignore o grupo de pressão pró-israelense em seu país e defenda seus interesses no Oriente Médio com um sim ou uma abstenção na votação, cuja data ainda não está fixada.
Na sexta-feira, Mustafa Barghouti, porta-voz da candidatura palestina à ONU, ressaltou a importância da apresentação do pedido diretamente ao Conselho de Segurança, em vez da Assembleia Geral, para "deixar exposto aos Estados Unidos" e mostrar ao mundo sua "verdadeira face".
Os Estados Unidos --assim como Rússia, França, China e Reino Unido-- têm direito a veto no Conselho de Segurança, formado por 15 países, mas não na Assembleia Geral, que reúne os 193 países-membros.
Os Estados Unidos só serão obrigados a exercer seu direito ao veto, se ao menos nove dos 15 membros do Conselho de Segurança apoiarem o pedido de ingresso palestino.
PRAZO
Os palestinos disseram que querem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas decida sobre seu pedido de reconhecimento como Estado pleno dentro de duas semanas, disse ontem uma autoridade da Fatah, do presidente Mahmoud Abbas. Se aceito, a Palestina seria o 194º Estado-membro da organização.
Após meses de negociação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, apresentou na sexta-feira o pedido para a ONU.
"Os palestinos esperarão duas semanas para que o Conselho de Segurança analise o pedido de reconhecimento," teria declarado Azzam al-Ahmad à agência de notícias independente Maan, em inglês.
O embaixador do Líbano na ONU disse que o Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira para discutir a solicitação depois que Abbas a apresentou a Ban Ki-moon, secretário-geral do organismo, na sexta-feira.
"Circulei a carta (pedido palestino) entre todos os membros do Conselho e pedi consultas à luz desta carta na segunda-feira às 16h (horário de Brasília)," afirmou o embaixador Nawaf Salam a jornalistas.
Ahman não detalhou que ação os palestinos tomarão se o Conselho de Segurança rejeitar o pedido, cenário provável levando em conta que os Estados Unidos já avisaram que vetarão a solicitação.
Por Folha