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No 2º dia, Rock in Rio tem chuva e reencontro com guitarras

O Rock in Rio 2011 enfim testemunhou uma característica do rock: o som da guitarra distorcida. No dia do aguardado show do Red Hot Chili Peppers, o público do palco Mundo pode ouvir o peso de Stone Sour, banda formada pelo vocalista do Slipknot, Corey Taylor, que tocou sob fortes pancadas de chuva.
O palco secundário do Rock in Rio, o Sunset, teve, para não dizer o seu melhor show até agora, o espetáculo de maior público. O vocalista do Faith no More, Mike Patton, reuniu grande público em seu projeto Mondo Cane. Mostrou que consegue ter mais atitude que muita banda de rock que se vê por aí, mesmo cantando canções pop italianas acompanhado da orquestra de Heliópolis.
O problema do show de Patton foi o atraso: começou depois do horário previsto para acabar. A organização do Rock in Rio também errou na comunicação entre os palcos. A banda brasileira NX Zero, que abriu o palco Mundo, começou na hora e o vocalista americano teve de esperar o show terminar. Em tese, o palco Mundo só poderia abrir após o fechamento do palco Sunset.
Stone Sour teve início quando Patton ainda estava no palco. Dois shows simultâneos seria impossível: o pedal duplo da bateria de Mike Portnoy (ex-Dream Theater) fez tremer algumas estruturas perto do palco Mundo. A forte chuva durante a apresentação causou alguns transtornos, mas não dispersou o público.
Capital Inicial continuou a programação. A banda brasileira empolgou os fãs com hits e causou polêmica ao criticar o presidente do Senado, José Sarney, antes de Que País é Este?, música composta por Renato Russo.
A banda britânica Snow Patrol fez o ritmo da noite desandar um pouco com músicas mais introspectivas. O vocalista Gary Lightbody demonstrou empatia com o público, elogiou o Brasil e chamou a cantora Mariana Aydar para fazer uma participação no espetáculo.
Para fechar a noite, Red Hot Chili Peppers agitou o público com hits como Give it Away e demonstrou vitalidade ao tocar Me and My Friends, de 1987, classificada por Flea como mais antiga que grande parte da plateia. No fim do show, os integrantes do Red Hot Chili Pepers vestiram camisetas com o rosto de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, que morreu em julho de 2010 e completaria 20 anos no sábado.

O que deu certo

Entrada - As filas andaram mais rápido após a abertura dos portões.

Grama sintética - A promessa de um festival livre de barro foi cumprida. A grama sintética no lugar de grama natural propiciou um festival menos caótico.

Segurança - Após as queixas de furtos do primeiro dia, viu-se mais seguranças, além da alguns efetivos da Polícia Militar.

O que não deu certo

Banheiros - Com a chuva, grandes poças de água alagaram pelo menos um dos banheiros masculinos da Cidade do Rock. Em pouco tempo, todo canto do banheiro virou mictório. Ponto positivo: há vários sanitários no festival e ninguém urinou fora deles. Por enquanto o festival está livre de odores desagradáveis.

Comida - Fazer um lanche ainda exige muita paciência em razão das filas intermináveis.

Cerveja - Os vendedores de cerveja, que carregam um barril nas costas para circular livremente pela Cidade do Rock, ficaram imóveis tamanha a procura pela bebida. E mais: uma espécie de ¿máfia do barril¿ surgiu no Rock in Rio. Grupos pagam valores para ter exclusividade do vendedor.

Poças - A grama sintética deu conta, mas muitas poças se formaram no piso de concreto, acumulando lixo.

Transporte - A volta do primeiro dia foi problemática. Os ônibus fretados, que cobram R$ 35, não deram conta e criaram um bilhete de R$ 20 para a viagem em pé. A organização do festival não admite, mas dezenas de táxis comuns foram autorizados a entrar na avenida Salvador Allende, onde somente é permitido o trânsito dos ônibus oficiais e carros autorizados.


Rock in Rio 4

Considerado um dos maiores festivais do mundo, o Rock in Rio cresceu, deixou o Brasil, mas retorna ao País em 2011 em sua quarta edição.
A festa da música começou nesta sexta-feira (23) com nomes renomados da música pop. No palco mundo, cantam Claudia Leitte, Katy Perry, Elton John e Rihanna. No sábado (24), foi o rock pop de NX Zero, Stone Sour, Capital Inicial, Snow Patrol e do Red Hot Chili Peppers que agitou o público.
Fechando o primeiro fim de semana do Rock in Rio 4, muito metal e peso com Glória, Coheed and Cambria, Motörhead, Slipknot e Metallica, no domingo (25).
A segunda bateria de shows começa com clima dançante e muito soul de Janelle Monáe, Kesha, Jamiroquai e o veterano Stevie Wonder, na quinta-feira (29). O pop novamente é convocado na sexta-feira (30) ao som de Ivete Sangalo, Lenny Kravitz e Shakira.
No sábado (1/10), o Maná, Maroon 5 e o Coldplay se revezam com os brasileiros do Skank e o cantor Frejat no palco mundo. A despedida do Rock in Rio 4 fica com Pitty, Evanescence, System of a Down e Guns N´Roses.

Por Terra