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Má gestão coloca em risco legado da Copa

Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país.
Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado.
Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede.
Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.
A promessa do governo de entregar nove estádios no final de 2012 também já caiu por terra, com novos atrasos.
No capítulo transportes, há problemas como o do monotrilho do eixo norte/leste de Manaus.
A previsão do governo do Amazonas é de início das obras em novembro de 2011 e conclusão em maio de 2014, dois meses antes da Copa. O governo reconheceu que pode não concluí-la a tempo.
"Obras como essa sempre podem estourar o prazo. Mas [se o prazo for estourado] será concluído mesmo depois", disse o coordenador para a Copa-2014 de Manaus, Miguel Capobiango.
Em Recife, o secretário estadual da Copa, Ricardo Leitão, prevê o começo da execução de quatro projetos para o início de 2012.
O governo federal, para novembro. O discurso das cidades-sede é o de que a maioria das obras não são imprescindíveis para os jogos.
 
Feriados
 
Representantes das seis cidades ouvidas pela reportagem admitiram que podem trabalhar com feriados em dias de jogos para atenuar problemas.
São Paulo fala em feriado na abertura da Copa. E em reduzir o fluxo de pessoas no metrô e nos trens para não atrapalhar o público dos jogos.

Por Folha