Adesão de médicos a boicote de planos é de 70%, estima entidade

A AMB (Associação Médica Brasileira) estima que 70% dos médicos aderiram à paralisação do atendimento a planos de saúde que atinge 23 Estados e o Distrito Federal nesta quarta-feira.
Segundo o presidente eleito da associação, Florentino Cardoso, "a adesão é bem alta". Dados concretos, porém, dependem das comissões estaduais responsáveis pelos honorários médicos, diz ele.
Cerca de 160 mil médicos atuam no setor da saúde suplementar, que engloba 46,6 milhões de pessoas no país.
Os médicos protestam contra parte dos planos de saúde, que não negociaram reajustes da forma desejada pelas entidades médicas nos últimos meses. Cada Estado tem uma lista de planos alvo do protesto (veja abaixo).
Além do reajuste, os médicos pedem o fim da interferência de operadoras dos planos nos atos médicos.
Uma carta com as reivindicações foi entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quarta. O tema também foi debatido pelas entidades médicas com deputados e senadores.
A reportagem ligou hoje para 30 consultórios médicos e hospitais que atendem três planos de saúde incluídos na lista de paralisação --Golden Cross, Blue Life e Green Line. Os locais contatados são de diferentes especialidades médicas e regiões da cidade de São Paulo. Em nenhum deles, segundo os atendentes, os médicos aderiram à paralisação.