Não dá para governar de vassoura na mão, diz Temer
O vice-presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que o governo não vive uma crise administrativa por conta da queda de ministros envolvidos em escândalos de corrupção ou uso indevido do dinheiro público.
Questionado se a faxina atribuída à presidente Dilma Rousseff havia sido completa, respondeu que não se pode governar com esse espírito. "Não se pode fazer governo com vassoura na mão. Você toma as medidas que tem que tomar, e as medidas foram tomadas, mas não tem que fazer isso permanentemente."
Temer discursou durante o almoço, por cerca de 20 minutos, para convidados e membros da American Society, em Nova York. O ingresso custava US$ 75 (R$ 135) para membros da sociedade cujas doações ultrapassassem US$ 250 (R$ 450) e US$ 100 (R$ 180) para os não sócios.
"Perguntaram-me aqui sobre a crise que o país viveu. Seria uma crise de natureza administrativa porque quatro ou cinco ministros saíram de seus postos. [Mas] outros com muita naturalidade assumiram esses mesmos postos, de modo que sequer crise administrativa se verificou."
Falou também sobre economia. Disse que o Brasil adquiriu, com a crise de 2008 e 2009, experiência para enfrentar instabilidades e que, na época, o governo conseguiu dissuadir a Embraer de demitir funcionários.
Entretanto, esse episódio marcou um estremecimento das relações da empresa com o Planalto, que não evitou o corte de 4.200 funcionários em fevereiro de 2009.
"Temos uma grande empresa fabricante de aviões, a Embraer, e em um primeiro momento ia demitir uma porção de gente. O governo chamou e segurou aqueles que seriam demitidos. A empresa até cresceu. Continuou a produzir aviões da melhor qualidade", disse o vice-presidente.
A Embraer registrou aumento do lucro líquido em 2009, resultado impulsionado pela valorização do real em relação ao dólar na época, o que elevou o valor de ativos (como o estoque que a companhia mantinha). Em 2010, o lucro caiu 36% e, nos seis primeiros meses deste ano, a fabricante quase dobrou o resultado, passando de R$ 158 milhões para R$ 333 milhões.
O vice-presidente voltou a dizer que o país está confiante na capacidade do Brasil de resistir à piora na crise econômica e que as empresas estão otimistas em relação ao país.
Enfatizou também que a percepção externa sobre o Brasil melhorou. "Antes quando alguém me apresentava e dizia que eu era presidente da Câmara diziam 'buenos días'. Agora até me chamam para sentar na mesa principal [em encontros internacionais]."
Questionado se a faxina atribuída à presidente Dilma Rousseff havia sido completa, respondeu que não se pode governar com esse espírito. "Não se pode fazer governo com vassoura na mão. Você toma as medidas que tem que tomar, e as medidas foram tomadas, mas não tem que fazer isso permanentemente."
Temer discursou durante o almoço, por cerca de 20 minutos, para convidados e membros da American Society, em Nova York. O ingresso custava US$ 75 (R$ 135) para membros da sociedade cujas doações ultrapassassem US$ 250 (R$ 450) e US$ 100 (R$ 180) para os não sócios.
"Perguntaram-me aqui sobre a crise que o país viveu. Seria uma crise de natureza administrativa porque quatro ou cinco ministros saíram de seus postos. [Mas] outros com muita naturalidade assumiram esses mesmos postos, de modo que sequer crise administrativa se verificou."
Falou também sobre economia. Disse que o Brasil adquiriu, com a crise de 2008 e 2009, experiência para enfrentar instabilidades e que, na época, o governo conseguiu dissuadir a Embraer de demitir funcionários.
Entretanto, esse episódio marcou um estremecimento das relações da empresa com o Planalto, que não evitou o corte de 4.200 funcionários em fevereiro de 2009.
"Temos uma grande empresa fabricante de aviões, a Embraer, e em um primeiro momento ia demitir uma porção de gente. O governo chamou e segurou aqueles que seriam demitidos. A empresa até cresceu. Continuou a produzir aviões da melhor qualidade", disse o vice-presidente.
A Embraer registrou aumento do lucro líquido em 2009, resultado impulsionado pela valorização do real em relação ao dólar na época, o que elevou o valor de ativos (como o estoque que a companhia mantinha). Em 2010, o lucro caiu 36% e, nos seis primeiros meses deste ano, a fabricante quase dobrou o resultado, passando de R$ 158 milhões para R$ 333 milhões.
O vice-presidente voltou a dizer que o país está confiante na capacidade do Brasil de resistir à piora na crise econômica e que as empresas estão otimistas em relação ao país.
Enfatizou também que a percepção externa sobre o Brasil melhorou. "Antes quando alguém me apresentava e dizia que eu era presidente da Câmara diziam 'buenos días'. Agora até me chamam para sentar na mesa principal [em encontros internacionais]."
Por Folha