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'Não somos perfeitos', diz o presidente Barack Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo que nada pode deter a união do país. Este foi seu único discurso durante as homenagens às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001. No começo do "Concerto para a Esperança", evento final do dia, Obama disse que os eventos dos últimos dez anos destacam os laços entre todos os americanos. "Não sucumbimos à suspeita e à desconfiança", afirmou.
Obama percorreu os três cenários dos atentados que tiraram a vida de cerca de 3.000 pessoas há dez anos, e repassou admitiu a imperfeição da conduta dos Estados Unidos. "Não somos perfeitos, mas nossa democracia é duradoura, e essa democracia também nos dá a oportunidade de aperfeiçoar nossa união", disse o presidente americano. "Agora nos agarramos a nossas liberdades. Somos mais atentos contra quem nos ameaça, e há inconvenientes que vêm junto com a nossa defesa comum", afirmou, em discurso de quase 15 minutos.
O presidente americano lembrou dos dilemas de seu cargo. "Os debates, sobre a guerra e a paz, sobre segurança e as liberdades civis, frequentemente foram acesos. Mas é justamente o rigor desses debates e nossa capacidade de resolvê-los de modo a honrar nossos valores que representam uma medida de nossa força", disse Obama. "Isto é o que honramos em dias de lembrança nacional, esses aspectos da experiência americana que perduram, e a determinação de avançar como um povo", afirmou.
Obama também repetiu o que já tinha assegurado a seu antecessor, George W Bush, e que foi uma máxima de seu mandato: "Os Estados Unidos nunca estarão em guerra contra o Islã nem contra nenhuma outra religião".
A conclusão de seu discurso foi como o começo do dia de homenagens às vítimas do 11 de setembro de 2001: o Salmo 46, já reproduzido na cerimônia de inauguração do memorial do Marco Zero, em Nova York.

Por Época